Lula inspira Europa no combate a Elon Musk e fake news

Brasília – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem chamado a atenção de líderes europeus por suas ações contra fake news e regulação de big techs. A abordagem do Brasil sobre o controle de desinformação e discursos de ódio tem sido debatida em países como França, Portugal e Reino Unido. O tema ganhou força após o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), aumentar a divulgação de teorias da conspiração na plataforma.

O conselheiro de imprensa da Embaixada da França no Brasil, Tiennot Sciberras, afirmou que o presidente francês Emmanuel Macron e Lula tiveram “muitas” conversas sobre o assunto. Segundo ele, “o Brasil está nos puxando nesta área de combate à desinformação”.

Regulamentação e controle das redes sociais

O governo brasileiro tem trabalhado em propostas para tributar grandes empresas de tecnologia e criar regras específicas para o setor. No Supremo Tribunal Federal (STF), discute-se a responsabilização das plataformas por conteúdos de ódio, fake news e publicações criminosas.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que o mundo precisa se coordenar para enfrentar as big techs. “A situação piorou com a política da Meta, mas já estávamos sendo atacados por Elon Musk há um ano e meio”, disse Messias à Bloomberg.

Parcerias internacionais

Além de Macron, Lula também discutiu o tema com António Costa, ex-primeiro-ministro de Portugal e atual presidente do Conselho Europeu. O Brasil também planeja lançar projetos conjuntos com o Reino Unido para fortalecer o combate à desinformação, segundo a Embaixada Britânica em Brasília.

A crescente preocupação europeia com o impacto das redes sociais tem levado governos a buscarem medidas mais firmes contra desinformação. O modelo adotado pelo Brasil pode servir de referência para futuras regulamentações.

Entenda o caso: como Lula enfrenta Musk e as fake news

• Musk e fake news: O bilionário tem sido acusado de ampliar a disseminação de desinformação no X.
• Regulamentação brasileira: O governo propõe tributação e regras para empresas de tecnologia.
• STF e responsabilidade das big techs: O Supremo discute se redes sociais devem responder por conteúdo criminoso.
• Apoio internacional: França, Portugal e Reino Unido estudam medidas semelhantes às do Brasil.

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