Hugo Gross cobra Globo após saída de Bocardi: “Mesma coisa do Accioly”

A demissão de Rodrigo Bocardi da TV Globo reacendeu as críticas do Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro a uma suposta “panelinha” dentro da emissora. O presidente do sindicato, Hugo Gross, voltou a falar sobre uma denúncia que fez ao compliance no ano passado, envolvendo Chico Accioly e a empresa Santo Expedito.

Um dossiê apresentado pela instituição indica que a Santo Expedito, cujo antigo sócio Francisco Accioly também atuava como preparador de elenco da Globo, teria substituído diversos profissionais tradicionais do elenco por seus próprios agenciados. Essa prática teria se intensificado com a parceria entre Accioly e o diretor José Luiz Villamarim.

O que diz Hugo Gross

À coluna Fábia Oliveira, Hugro Gross igualou a situação que culminou na demissão da Bocardi da Globo com a de Chico Accioly. Para ele, a emissora adota pesos e medidas diferentes ao lidar com seus profissionais

“Foi constatado que o Rodrigo Bocardi tinha uma empresa que favorecia ele nas transações dele. Isso é desleal. É a mesma coisa… A Globo contratou o Chico Accioly, que tem a Santo Expedido, e isso fere, dentro do entrosamento, o conceito de ético”, afirmou o presidente do sindicato.

Gross também relembrou a denúncia que fez. “Eu fiz a denúncia ao compliance lá e não deu nada. Fiz a denúncia ao Ministério Público e eles estão averiguando”, disse.

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Rodrigo Bocardi foi demitido da Globo após 25 anos

Batalha entre Hugo Gross e TV Globo ganha capítulos decisivos
Hugo Gross
Rodrigo Bocardi foi demitido da Globo após 25 anos
Sindicato dos Artistas denuncia Globo ao Ministério Público do Trabalho
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Hugo Gross é ator e presidente do Sindicato dos Artistas do Rio (Sated-RJ)

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Sindicato dos Artistas denuncia Globo ao Ministério Público do Trabalho

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O presidente do sindicato questionou o critério utilizado pela Globo para tomar decisões sobre seus profissionais. “Pra umas coisas, eles têm medidas… Pra outras, tem peso. É surreal. E é isso que o sindicato não pode permitir. Como instituição, a gente tem que entender o motivo de protegerem uns e outros não. É o mesmo procedimento o do Bocardi com o Francisco Accioly. Ele tem uma empresa, é notório isso”, disparou.

Gross ainda destacou a questão do conflito de interesses e do assédio moral que essa prática pode gerar.

“Um produtor não poderia ter uma empresa coligada à produção, mesmo que ele coloque a sócia dele [de frente na empresa]. Não é ético isso. Isso gera conflito de interesses e assédio moral. As pessoas acham que vão fazer um curso dele [Chico Accioly], fazer uma produção dele, pra serem escaladas. Isso não pode acontecer”, concluiu.


Entenda a denúncia

  • O sindicato dos artistas do Rio denunciou ao compliance da Globo, em agosto do ano passado, uma suposta “panelinha” na escolha de elenco para novelas.
  • Profissionais estariam sendo preteridos em favor de atores agenciados pela empresa Santo Expedito, então ligada a Francisco Accioly, preparador de elenco da Globo.
  • Accioly foi contratado para um cargo fixo na emissora e deixou a agência, mas o sindicato alega que a preferência pelos atores da Santo Expedito continua.
  • A denúncia aponta uma relação entre Accioly e o diretor José Luiz Villamarim, com destaque para contratações nas produções Justiça, Amores Roubados, Amor de Mãe e Pantanal.
  • Caso foi parar no Ministério Público do Trabalho.

 

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