Dólar cai a R$ 5,77 e registra maior sequência de quedas

Brasília – O dólar comercial fechou esta terça-feira (4) em queda pela 12ª sessão consecutiva, atingindo R$ 5,771. Essa sequência de recuos é a maior desde o Plano Real. Enquanto isso, a bolsa de valores registrou um dia de instabilidade e terminou com baixa de 0,65%, impactada pela divulgação da ata do Copom.

A moeda americana começou o dia estável, mas caiu após a divulgação de dados fracos da economia dos EUA. Além disso, as tensões comerciais entre China e Estados Unidos influenciaram o cenário.

Cotação do dólar e fatores da queda

O dólar teve desvalorização de 0,76%, com redução de R$ 0,022. Essa é a menor cotação desde 19 de novembro de 2024. No acumulado do ano, a moeda americana já caiu 6,59%.

Entre os fatores que levaram à queda estão:

  • Indicadores econômicos fracos nos EUA. O número de vagas de emprego no país recuou 556 mil em janeiro, aumentando as expectativas de um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed).
  • Fluxo de capitais para mercados emergentes. A possibilidade de juros menores nos EUA incentiva investimentos em países como o Brasil.
  • Retaliações comerciais da China. Pequim reagiu à elevação de tarifas impostas pelo governo de Donald Trump, o que trouxe volatilidade aos mercados.

Bolsa fecha em baixa após ata do Copom

O Ibovespa, principal índice da B3, caiu 0,65%, fechando aos 125.147 pontos. O desempenho negativo foi puxado por ações de empresas exportadoras, que sentiram o impacto da valorização do real.

A queda só não foi maior porque papéis do setor financeiro registraram alta, amenizando as perdas.

Impacto da ata do Copom nos mercados

A ata da última reunião do Copom, divulgada nesta terça-feira, influenciou o desempenho da bolsa. O documento indicou preocupações com a inflação dos alimentos, que pode se espalhar para outros setores.

Esse cenário aumentou a incerteza sobre a trajetória dos juros no Brasil. Com isso, investidores passaram a considerar a possibilidade de que o Banco Central interrompa o ciclo de cortes na Selic após março.

Juros mais altos tornam os investimentos em renda fixa mais atrativos, reduzindo o apetite pelo mercado de ações.

Entenda a queda do dólar e o impacto nos mercados

  • 12ª queda seguida: O dólar fechou a R$ 5,771, menor valor desde novembro.
  • Cenário nos EUA: Indicadores fracos aumentaram as chances de corte de juros pelo Fed.
  • Mercado de ações: O Ibovespa caiu 0,65%, pressionado por exportadoras.
  • Ata do Copom: Documento indicou preocupação com a inflação, afetando expectativas sobre a Selic.

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