A “empolgação” de Bolsonaro com o projeto que altera a Ficha Limpa

Autor do projeto que reduz de oito para dois anos o prazo de inelegeibilidade da Lei Ficha Limpa, o deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) disse à coluna que o ex-presidente Jair Bolsonaro está “empolgado” com a proposta.

O parlamentar se reuniu com Bolsonaro na quarta-feira (5/2) para discutir a matéria, que, se aprovada, pode tornar o ex-presidente elegível em 2026. “O presidente está empolgado com o projeto”, disse o deputado.

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O deputado Bibo Nunes, do PL do Rio Grande do Sul

O novo presidente da Câmara, Hugo Motta
O ex-presidente Jair Bolsonaro
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Jair Bolsonaro encontrou com Bibo Nunes, autor do projeto que reduz tempo de inelegibilidade

Reprodução

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O deputado Bibo Nunes, do PL do Rio Grande do Sul

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

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O novo presidente da Câmara, Hugo Motta

Vinícius Schmidt/Metrópoles @vinicius.foto

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O ex-presidente Jair Bolsonaro

Igo Estrela/Metrópoles
@igoestrela

O projeto foi protocolado por Bibo em dezembro e conta com assinaturas de mais de 70 deputados. À coluna, o deputado disse que a ideia foi sua, mas admite ter conversado com Bolsonaro antes de apresentar a proposta.


Entenda o contexto da nova aposta

  • Mais céticos com o avanço do projeto que dá anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro de 2023, que era uma opção para incluir Bolsonaro, os bolsonaristas agora veem no projeto da lei da Ficha Limpa uma saída.
  • Ao mudar só a regra de inelegibilidade, a oposição poderia atrair apoio de outros partidos, uma vez que vários políticos tem problemas com a justiça.
  • A proposta de mudar a inelegibilidade atualmente está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
  • Bolsonaro foi declarado inelegível pelo TSE em junho de 2023, por cinco votos a dois. Ele foi acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Questionou, sem provas, a segurança das urnas eletrônicas em reunião com embaixadores em 2022.

O deputado gaúcho avalia que o momento é “ideal” para fazer as mudanças na lei, devido à indicação do novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de que considera oito anos um prazo longo.

“Vou falar com Hugo Motta na semana que vem. Ele concorda que oito anos é muito e há dezenas de colegas querendo assinar o projeto. Quando apresentei, 73 assinaram em um tarde apenas”, diz o autor da proposta.

Atualmente, o projeto tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Para valer, a proposta precisa ser aprovada pelos deputados e senadores e ser sancionada pelo presidente da República.

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