Tiffany & Co lança app para funcionários, mas gera problemas internos

Conhecida mundialmente pelas peças únicas, a joalheria baseada em Nova York está passando por maus bocados devido a um aplicativo que promove a interação entre os funcionários. Pelo Tiffany Joy (Alegria na Tiffany, em tradução do inglês), os funcionários publicavam suas atividades diárias e interagiam com outros colaboradores — mas, segundo eles mesmos, de forma forçada.

Vem entender!

A imagem mostra o logotipo da empresa Tiffany & Co em uma marquise de um prédio em Nova York
Tiffany & Co é uma das joalherias mais luxuosas do mundo

Sobre a Tiffany & Co

  • A marca Tiffany & Co foi fundada em 1837, pelo joalheiro Charles Lewis Tiffany.
  • Sedida em Nova York, nos Estados Unidos, a joalheria conta com uma loja flagship em Manhattan.
  • Pelas mãos da empresa, já passaram um terço das joias da coroa francesa, adquiridas em leilão no ano de 1887.
  • O designer de joias Hector Muelas atua como o diretor criativo da label desde 2023.

De início, a ideia de compartilhar o progresso em cada unidade parecia uma forma de motivar os lojistas de Tiffany a aumentarem seus rendimentos. No app, eram divulgadas imagens de casais que adquiriam alianças de noivado, vendas grandes e outras meta alcançadas pelos colaboradores da marca.

Segundo os funcionários, não demorou muito até que o uso do app se tornasse uma demanda, cobrada diretamente pela direção da marca. O desgosto pela plataforma se resumiu no apelido Forced Joy (Alegria Forçada, em tradução livre), criado de forma irônica pelos funcionários.

A imagem mostra a cantora Dua Lipa com uma joia da Tiffany & Co em seu pescoço.
A marca é usada por celebridades e pessoas influentes

Além de ser tornar um incômodo para os lojistas, a medida serviu como prerrogativa para que outros questionamentos à empresa fossem reforçados. Sob a gestão de Christopher Kilaniotis, chefe da Tiffany na América, o foco no aplicativo surpreendeu os funcionários, pois a marca tinha outras necessidades a serem resolvidas.

Parte do LVMH desde 2021, os rendimentos da empresa não são divulgados oficialmente. Segundo antigos funcionários e outros em atividade, os investidores do conglomerado vêm cobrando melhores resultados da marca, em especial na flagship em Manhattan.

A imagem mostra o chefe da Tiffany na América, Christopher Kilaniotis, vestindo um terno preto em frente à uma escultura
Christopher Kilaniotis assumiu a empresa em 2021, após a compra pelo LVMH
A imagem mostra a lateral de um prédio tradicional de Nova York. Presa sob a fachada, uma bandeira carrega a logo e cor da marca Tiffany & Co
Só nos Estados Unidos, a marca tem 93 unidades

Em dezembro de 2024, a unidade havia perdido cerca de 40% dos seus funcionários, se comparado ao mesmo período no ano anterior. A loja, que recebeu a reforma mais cara na história do luxo — no valor de US$ 350 milhões — sofreu uma queda na rotatividade de 4% entre 2023 e 2024, e as comissões de venda aumentaram apenas 5% no mesmo período.

Os problemas internos, levaram os funcionários insatisfeitos a levar sua mão de obra e clientes para concorrentes do mesmo setor. Marcas como Van Cleef, Cartier e Harry Winston são algumas das beneficiadas com a polêmica gestão da Tiffany.

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