“24 horas comendo pão e água”, diz brasileiro deportado dos EUA

Deportado dos Estados Unidos, o brasileiro João Vitor Batista afirmou, nesta sexta-feira (7/2), minutos após desembarcar no Brasil, que chegou a ficar 24 horas comendo apenas pão e água. O Brasil recebeu 111 deportados, mas 16 deles ficaram em Fortaleza, onde pousou a aeronave dos Estados Unidos.

João Vitor foi uma das 95 pessoas que desembarcaram no Aeroporto de Belo Horizonte, em Confins (MG). “Por mais que a gente imigrou ilegalmente, nós não somos criminosos para ficar amarrados. Ficamos 24 horas comendo pão e água. Então, é uma situação um pouco constrangedora”, disse Batista.

O rapaz contou que entrou nos EUA pela fronteira com o México ao cruzar a divisa ilegalmente, trajeto que ele levou um mês para fazer. Batista contou que se entregou aos agentes norte-americanos e pediu asilo, mas acabou preso.

“Meu sonho era dar uma velhice digna para minha mãe (…) Meu sonho é o sonho de todo mundo, juntar dinheiro”, afirmou. “Foi estranho ser bem tratado, depois de tanto tempo sendo maltratado”, desabafou.

O voo que trouxe o motoboy de volta ao Brasil partiu de Louisiana, nos Estados Unidos. A aeronave pousou por volta das 16h, em Fortaleza. Ao desembarcar na capital cearense, Batista seguiu com os outros 95 em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para Confins.

O avião é o segundo que traz brasileiros deportados dos EUA na gestão de Donald Trump. A primeira viagem foi marcada por relatos de agressões e maus-tratos sofridos pelos brasileiros, o que levou a um atrito entre os dois países.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.