Nunes defende PL “anti-Oruam”: “Não conheço as músicas do rapaz”

São Paulo — O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) defendeu, nessa segunda-feira (10/2), o projeto de lei de autoria da vereadora Amanda Vettorazzo (União) que proíbe a contração pelo poder público paulistano de artistas que façam apologia ao crime organizado. O PL foi em apresentado em meio a uma briga da parlamentar contra o rapper Oruam (à esquerda na foto em destaque), que acusa a vereadora de promover um elitismo cultural  na cidade.

“Eu não conheço as músicas do rapaz [Oruam], para você ver que eu tenho um bom gosto para música, porque eu nunca vi músicas desse cara. Pelo que eu vi ela [Vetorazzo] questionou sobre uma pessoa, não sobre uma questão cultural”, disse Nunes durante um evento para divulgar a destinação de R$ 319 milhões para o financiamento cultural na cidade de São Paulo.

O prefeito negou que qualquer grupo político esteja sendo favorecido pelos editais e defendeu a ideia contida no PL de Vetorazzo, dizendo que irá pedir ao secretário de Cultura Totó Parente (MDB) para que os editais deixem claro que “em hipótese alguma, ninguém que faça apologia ao crime terá espaço em São Paulo”.

“Apologia ao crime, na cidade de São Paulo não irá acontecer. Nós não vamos permitir em hipótese alguma que qualquer um que se inscreva em nossos editais, que faça apologia ao crime seja aceito, ou seja escolhido. Não será. Aqui a gente não admite”, afirmou o prefeito.

Caso foi parar na polícia

A briga entre a vereadora Amanda Vettorazzo, que é coordenadora do Movimento Brasil Livre (MBL), e o rapper MC Oruam terminou com o registro de um boletim de ocorrência contra o artista, no último dia 23/1.

Amanda acusa Oruam de injúria, difamação e incitação ao crime após o rapper ter publicado um vídeo em suas redes sociais convocando seus fãs para derrubar as redes da vereadora.

No material, Oruam – que é filho de Marcinho VP, líder do Comando Vermelho – diz, referindo-se a Amanda, “sua doente mental da sua cabeça, nós canta o que nós vive, sua idiota. Quando é um playboy cantando, ninguém fala nada”.

O conteúdo era uma resposta a um outro vídeo produzido pela vereadora, no qual ela dizia que “quer proibir que Oruam faça shows em São Paulo”, e que o cantor “abriu a porteira para que rappers e funkeiros começassem a produzir músicas endeusando criminosos e líderes de facções, usando se giras para normalizar o mundo crime na nossa cultura”.

Após a reação de Oruam, o perfil de Amanda nas redes sociais foi bombardeado por mensagens dos fãs do rapper, ameaçando-a. Ela registrou um boletim de ocorrência no 1º Distrito Policial da Políci 

 

 

 

 

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