YouTube vai ampliar dublagem por IA e trazer “reacts” em eventos ao vivo

O CEO do YouTube, Neal Mohan, publicou uma carta à comunidade nesta terça-feira (11) com as apostas para a plataforma de vídeo para 2025. Mohan antecipou algumas novidades que devem chegar neste ano, incluindo a distribuição do recurso de dublagem automática para mais pessoas e uma nova função para assistir a eventos ao vivo com reações e comentários de criadores de conteúdos

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O YouTube completa 20 anos de existência em 2025 e o executivo fez questão de destacar a evolução da plataforma ao longo dos anos, partindo de vídeos caseiros para canais independentes com grandes estúdios próprios. 

IA, “reacts” e mais novidades

O CEO reforçou que o YouTube “é a nova televisão”, em referência a dados que mostram que as TVs são o dispositivo preferido para acessar a plataforma nos EUA, com mais de um bilhão de horas de conteúdo assistidas diariamente no país.


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O sucesso nas telas maiores leva a novas experiências interativas, como o uso de celular como segunda tela para comentar e acesso aos vídeos curtos do Shorts. 

Para ampliar o catálogo de possibilidades, a empresa prepara um recurso chamado “Watch With” (“Assista com”, em tradução livre), no qual criadores podem fazer comentários e reações durante transmissões ao vivo de jogos esportivos e outros eventos — como um vídeo de “react” em que o espectador também pode assistir à transmissão original. A ferramenta passou por testes com a NFL (liga de futebol americano dos EUA) no ano passado e deve ser levada a mais esportes neste ano.

Outro ponto importante é o uso de inteligência artificial (IA), projetado para ter um impacto ainda maior na criação de conteúdos. No ano passado, o YouTube lançou um recurso de dublagem automática que traduz vídeos para outros idiomas e mantém o tom de voz e o movimento dos lábios da pessoa que está falando.

IA para dublar vídeos será liberada para mais pessoas (Imagem: Reprodução/YouTube)

A empresa anunciou que vai liberar a função para todos os canais participantes do Programa de Parcerias do YouTube até o final de fevereiro. Vídeos em inglês poderão ser dublados em português, alemão, espanhol, francês, hindi, indonésio, italiano e japonês — já os conteúdos nos idiomas mencionados poderão ser convertidos para inglês.

A Gigante dos Vídeos também testa novas ferramentas para proteger criadores e detectar o uso de IA na plataforma. No ano passado, por exemplo, a empresa criou um caminho para denunciar deepfakes com a própria imagem. 

4 tendências do YouTube para 2025

O CEO Neal Mohan compartilhou insights sobre as tendências que envolvem a plataforma em 2025, ano do 20º aniversário do lançamento:

  1. YouTube como epicentro da cultura: a plataforma é o lugar em que as pessoas assistem a eventos importantes, como as eleições dos EUA e decisões esportivas, além de oferecer trocas culturais. O YouTube ainda se tornou o serviço mais usado para ouvir podcasts nos Estados Unidos;
  2. YouTubers são startups de Hollywood: o CEO destacou a cultura de startups proporcionada por canais e criadores de conteúdo que criaram estúdios independentes e adotam novos modelos de produção. A empresa revela que 50% dos canais que faturam 5 dígitos ou mais ganharam dinheiro de fontes alternativas além de anúncios e repasses do YouTube Premium no ano passado;
  3. YouTube é a nova televisão: a TV é o meio favorito para acessar o YouTube nos EUA e o serviço é o streaming mais popular nos televisores brasileiros de acordo com o Cross Platform View Report, da Kantar Ibope Media.
  4. IA vai melhorar a experiência: o YouTube já conta com ferramentas de IA generativa para criadores de conteúdo, como um chatbot para sugerir novos vídeos, e pretende adicionar novos recursos do segmento.

Por fim, Mohan celebrou o aniversário de 20 anos da plataforma: “É incrível pensar que o YouTube tem ajudado as pessoas a criar, aprender, se conectar e muito mais por duas décadas. À medida que embarcamos em nosso próximo capítulo, nos comprometemos em capacitar criadores, promover a comunidade e continuar a redefinir como o mundo assiste, ouve e se conecta”, comentou.

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