40 animais silvestres são reintegrados em reserva da Bracell na Bahia

Localizada em área remanescente de Mata Atlântica pertencente à Bracell na Bahia, a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Lontra passou a ser o novo lar de 40 animais silvestres recuperados e tratados pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). A soltura dos mamíferos, serpentes e aves ocorreu nesta terça-feira, 11, e foi realizada em parceria com a equipe do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), autarquia da Secretaria do Meio Ambiente (Sema). Dentre os animais reintegrados ao novo habitat estão jibóias, jararacas, cobras-cipó, coral-verdadeira, cipó-bicuda, corre-campo, cachorro-do-mato, sariguês-orelha-preta, sariguês-orelha-branca, carcarás e gaviões-carijó.

O biólogo Igor Macedo, especialista em Meio Ambiente da Bracell na Bahia, destaca que a Lontra, que fica entre os municípios de Entre Rios e Itanagra, no Litoral Norte, foi escolhida para a soltura desses animais por ter 1.377 hectares de vegetação nativa preservada e por ser certificada como Área de Soltura de Animais Silvestres (ASAS). “Nossa RPPN tem quatro anos cadastrada como ASAS e, neste período, recebemos várias solturas em parceria com o Inema. Temos esse diferencial, pois mantemos uma equipe exclusiva para proteção de toda a área. São profissionais de vigilância patrimonial, brigadistas e especialistas que realizam o monitoramento da fauna, bem como pesquisa e atividades de educação ambiental”, afirmou.

Além da Lontra, que é reconhecida como Posto Avançado da Reserva de Biosfera da Mata Atlântica pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a Bracell possui mais três reservas voltadas para o recebimento de animais silvestres. São elas: a Fazenda Raiz, localizada no bioma Caatinga, no município de Água Fria; o Projeto Sergipe, em Jandaíra; e o Projeto Cachoeira, em Entre Rios. 

O veterinário do Inema, Marcos Leônidas, destacou a importância da reintrodução dos animais silvestres e do trabalho realizado pela equipe do Cetas: “Antes da soltura, esses animais passaram por um processo cuidadoso de triagem e reabilitação, alguns receberam intervenção clínica e medidas nutricionais, pois chegaram ao centro com estado de saúde debilitado. Também foi realizada uma avaliação do comportamento natural de cada indivíduo, observando as condições ideais para se desenvolverem no ambiente onde serão reintroduzidos”.

O veterinário destacou ainda que os animais serão monitorados durante o período de adaptação: “Este momento inicial é de reconhecimento do território, dos locais de refúgio, de alimentação e fonte de água, mas, como esse é o bioma de origem deles, a adaptação é quase que imediata. As aves de rapina, por exemplo, soltamos em áreas de vegetação mais aberta, para facilitar o voo”.

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