Grupo de extensão da USP São Carlos mantém posição de destaque nas competições de programação

Grupo de extensão da USP São Carlos mantém posição de destaque nas competições de programaçãoASSESSORIA DE IMPRENSA

Códigos de programação, trabalho sob pressão e um forte espírito de equipe que compõem o ambiente competitivo que impulsiona os talentos do Grupo de Estudos de Maratona de Programação (GEMA) . Em 2024, a equipe do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, reafirmou sua posição entre as melhores em competições do tipo.

Nas principais delas, intitulada Maratona de Programação , promovida pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) , o GEMA ficou em 15º lugar na etapa nacional, disputada em 9 de novembro em João Pessoa (PB). Antes disso, nas etapas regionais, o grupo havia desenvolvido a primeira e a terceira colocação da prova realizada em São Carlos e que reuniu concorrentes da USP Ribeirão Preto, Unesp de Rio Claro, Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), entre outras instituições.

Desde sua formação em 2008, o grupo tem tido presença constante nas finais nacionais da Maratona. Além disso, entre 2019 e 2023, seus membros também garantiram a participação na final mundial da competição do International Collegiate Programming Contest (ICPC) . Em 2024, a competição reuniu 420 concorrentes de mais de 50 países no Cazaquistão e a equipe do GEMA, composta pelos alunos Dikson Ferreira dos Santos, Kenzo Yves Yamashita Nobre, André Luis Mendes Fakhoury e Thiago Sena de Queiroz, representados não só a USP, como o Brasil.

Para o professor João Batista , coordenador do GEMA, as conquistas do grupo refletem não só a qualidade do ensino do ICMC, mas também o envolvimento dos estudantes, que se reúnem voluntariamente para aprimorar seus conhecimentos. “O ensino dentro do grupo segue um ciclo virtuoso: os veteranos ensinam os caloros. Esse sistema permite que o conhecimento seja transmitido de forma eficiente e dinâmica”, relata.

Outro marco para a equipe foi sediar, pela primeira vez, a etapa regional da Maratona da SBC, que ocorreu em agosto de 2024 no ICMC. “Isso nos fortaleceu e trouxe ao grupo uma experiência nova e enriquecedora”, destacou a estudante Pietra Gullo, coordenadora discente do GEMA.

Outras conquistas – Em 2024, o GEMA também se destacou na Olimpíada Brasileira de Informática(OBI) , competição voltada para calorias do ensino superior. Dos 25 estudantes do ICMC que participaram da prova, seis se destacaram, conquistando uma medalha de prata, três bronzes e duas menções honrosas.

Na Maratona Feminina de Programação (MFP) , que incentiva a participação de mulheres na programação competitiva, a GEMA também teve um desempenho notável. Pela primeira vez, a Maratona foi aberta à participação de mulheres de toda a América Latina. Dividido em uma fase seletiva online e uma final presencial na Unicamp, o grupo do ICMC conseguiu classificar oito competidoras para a fase decisiva, sendo que a estudante Pietra Gullo conquistou o segundo lugar geral, o primeiro entre os brasileiros. “Isso é muito importante porque fortalece a participação feminina na programação competitiva e leva o nome do ICMC para o topo dessas competições”, afirma o professor João.

Como funcionam as competições? – As maratonas de programação, organizadas desde 1996 pela SBC, reúnem equipes universitárias formadas por três alunos e um técnico. No dia da competição, os participantes se reúnem em um mesmo lugar. Nesse momento, eles recebem cerca de 10 problemas, que devem ser resolvidos por meio de programação em até cinco horas. Cada equipe tem apenas um computador, o que exige planejamento estratégico e trabalho colaborativo.

Segundo o professor João Batista, o aspecto psicológico desempenha um papel crucial na disputa. Um dos elementos mais marcantes é o uso de balões coloridos para sinalizar as equipes que enfrentam os desafios. “Conforme os tempos resolvem os problemas, os balões são colocados sobre suas mesas. Isso intensifica a tensão, pois os concorrentes conseguem visualizar em tempo real quais questões seus oponentes já resolveram”, explica o professor.

A competição acontece em etapas progressivas. No Brasil, há diversas regiões, com aproximadamente sete sedes só no Estado de São Paulo. Os times com melhor desempenho avançaram para a final nacional, que reúne cerca de 45 equipes. As que se destacam garantir vaga na fase seguinte, composta pelas melhores equipes da América Latina. Para avançar à final mundial é preciso superar essa nova etapa, que foi adicionada em 2023. “Antes, o Brasil tinha de a seis vagas garantidas após a maratona nacional”, complementa o coordenador do GEMA.

Como são os treinamentos – A equipe do GEMA se reúne semanalmente no ICMC para estudar programação competitiva de forma estruturada, combinando teoria e prática. O objetivo é que os participantes desenvolvam domínio sobre algoritmos e estruturas de dados, enquanto aplicam esse conhecimento na resolução de problemas reais.

“Os treinamentos são organizados de acordo com o nível de experiência dos alunos. Os ingressantes começam com conceitos básicos de programação e, gradualmente, avançam para desafios mais complexos. Já os veteranos têm encontros aprofundados, com conteúdos sugeridos e ministrados pelos próprios membros. Aos sábados, a equipe realiza simulados que recriam o ambiente das competições oficiais, garantindo uma preparação intensiva”, explica Pietra.

Além das aulas regulares, o GEMA promove competições internas, conhecidas como “Concursos dos Bichos”, que simulam o formato da Maratona de Programação. Os três melhores colocados nesses desafios garantem a vaga na etapa regional da competição.

O grupo também promove eventos abertos ao público, como minicursos presenciais e online, acessíveis a qualquer interessado. Além disso, atua na aplicação da OBI para alunos do ensino médio da região de São Carlos, incentivando novas gerações a ingressarem no universo da programação.

Como participar do grupo – O GEMA não exige um processo seletivo para novos membros. Qualquer aluno da USP São Carlos pode participar, desde que demonstre comprometimento com as atividades, como aulas, eventos e competições. A única seleção seletiva ocorre para a Maratona de Programação, caso o número de detalhes seja maior do que as vagas disponíveis para a etapa regional. Em 2023, por exemplo, o grupo participou da “fase zero” da competição como seletiva de seleção dos participantes.

Fonte: São Carlos Agora. Leia o artigo original: Grupo de extensão da USP São Carlos mantém posição de destaque nas competições de programação

Adicionar aos favoritos o Link permanente.