Número de cidades com voos suspensos pela Azul vai a 14; veja lista

O número de cidades que não terão mais voos da Azul subiu para 14, de acordo com informações divulgadas pela própria companhia aérea.

No fim de janeiro, a Azul já havia anunciado a suspensão de suas operações em 12 municípios brasileiros a partir do dia 10 de março, além de alterações em outros três destinos.


Veja a lista completa das cidades com voos suspensos pela Azul

Desde 13 de fevereiro

  • Crateús (CE)
  • São Benedito (CE)
  • Sobral (CE)
  • Iguatu (CE)

A partir de 10 de março

  • Campos (RJ)
  • Correia Pinto (SC)
  • Jaguaruna (SC)
  • Mossoró (RN)
  • São Raimundo Nonato (PI)
  • Parnaíba (PI)
  • Rio Verde (GO)
  • Barreirinha (MA)
  • Três Lagoas (MS)

A partir de 31 de março

  • Ponta Grossa (PR)

Voos sazonais

Além dessas cidades, os voos da Azul para Cabo Frio (RJ) e Caldas Novas (GO) passarão a ser sazonais, com operação apenas durante a alta temporada.

O que diz a Azul

Por meio de nota, a Azul informou que “reavalia constantemente as operações em suas bases, assim como as possibilidades e necessidades de mercado, como parte de um processo normal de ajuste de oferta à demanda”.

Ainda de acordo com a empresa, entre os fatores que explicam as mudanças, estão “o aumento de custos operacionais causados pela crise global na cadeia de suprimentos, a alta do dólar e disponibilidade de frota”.

Segundo a Azul, “as mudanças fazem parte do planejamento operacional”.

A companhia aérea informou ainda que os clientes afetados pelas alterações ou cancelamentos de voos estão sendo comunicados previamente e vão receber toda a assistência necessária.

Fusão entre Azul e Gol

A Azul está em negociações avançadas com a Gol em torno de uma possível fusão entre duas das três maiores companhias aéreas do Brasil.

Estimativas apontam que a empresa resultante da eventual fusão responderia por cerca de 60% do mercado de aviação comercial do Brasil e teria o controle de quase 100 rotas em todo o país, praticamente sem concorrência – o que suscita questionamentos acerca da formação de um duopólio, quando apenas duas empresas possuem quase todo o mercado.

Juntas, as duas companhias contam com mais de 300 aeronaves e tiveram um faturamento de R$ 25,3 bilhões entre janeiro e setembro do ano passado.

De acordo com um memorando de entendimento entre Azul e Gol, a futura companhia seguirá o modelo de “corporation” – empresa sem controlador definido, tendo o grupo Abra como maior acionista. Ainda não há definição sobre os percentuais de participação de cada empresa no negócio.

A ideia é a de que as marcas Azul e Gol continuem a existir de forma independente, mas as empresas compartilhem aeronaves. A fusão envolverá apenas ativos já disponíveis, sem previsão de novos investimentos.

A aposta das duas empresas é na “complementaridade” de suas malhas aéreas. Enquanto a Gol se concentra em grandes capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, a Azul conta com um leque mais amplo pelo país.

De acordo com o acerto entre as duas empresas, a fusão depende do desfecho do processo de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, o que deve ocorrer até meados de abril. O Conselho de Administração da nova companhia terá três conselheiros do grupo Abra – controlador da Gol –, três membros da Azul e mais três independentes. Caso a fusão se concretize, o comando do novo grupo ficará a cargo do atual CEO da Azul, John Rodgerson.

Além da conclusão da recuperação judicial da Gol nos EUA, a fusão precisará ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

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