“Rainha do Reboque” vira ré por desvio de R$ 3 mi dos cofres públicos

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou à Justiça Priscila Karla Pereira dos Santos, conhecida como “Rainha do Reboque”, pelo crime de peculato, cometido 97 vezes por meio da empresa Rebocar Remoção e Guarda de Veículos.

Segundo os promotores de Justiça, a empresa da “Rainha do Reboque” causou um prejuízo de mais de R$ 3 milhões aos cofres públicos por meio da execução fraudulenta de contratos firmados com o Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (DETRO/RJ) para a remoção, guarda e leilão de veículos.


Como funcionava o esquema?

  • As investigações apontaram que, entre 2019 e 2021, a denunciada realizou leilões sem autorização do DETRO/RJ e apropriou-se dos valores arrecadados, sem repassar a parte devida à autarquia e aos antigos proprietários dos veículos.
  • Além disso, vendeu automóveis em leilão sem notificar seus donos.
  • O esquema resultou em um desvio no valor de R$ 2.780.734,54.
  • Ainda segundo a denúncia, também foi constatado o desaparecimento de 59 veículos do pátio da empresa em Campos dos Goytacazes, avaliados em R$ 776.005,00, elevando o prejuízo total para R$ 3.556.739,54.

A denúncia foi feita pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ).

Nas redes sociais, Priscila Karla conta com mais de 400 mil seguidores. Ela usou o seu perfil para publicar uma nota oficial.

“O Ministério Público ofereceu denúncia contra Priscila Karla Pereira dos Santos, pelo fato da mesma ser controladora da empresa REBOCAR, sob o fundamento de leilões realizados sem autorização do DETRO, imputando-lhe um prejuízo de aproximadamente RS 3 milhões. A defesa técnica da empresa REBOCAR, Dr. Adenor Gonçalves Advocacia, esclarece que os fatos alegados na denúncia carecem de provas técnicas e não têm fundamento. A empresa REBOCAR, representada por Priscila, já moveu uma ação contra o Estado do Rio de Janeiro, em razão dos prejuízos causados pelo DETRO, no valor superior a 500 milhões de reais, que está tramitando na 16ª Vara de Fazenda Pública”.

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