Governo vê seca com preocupação e lança plano para prevenir queimadas

O governo federal apresentou, nesta quinta-feira (27/2), um plano para evitar uma nova crise de incêndios florestais, como ocorreu em 2024. Segundo o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, os estudos meteorológicos apontam uma situação preocupante de seca em algumas regiões, apesar de não tão crítica como no ano passado.

“A gente deve entrar uma situação de neutralidade, nem com El Niño, nem La Niña, mas a gente vai ter extensas regiões do país sob regime de seca esse ano”, afirmou Agostinho.

“Tivemos agora, no começo do ano, uma situação de seca dura no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, mas a gente deve ter outras regiões do país com seca forte. Áreas que queimaram ano passado, obviamente, têm uma redução no volume de matéria combustível para esses incêndios, mas sim, nos preocupa bastante a situação climatológica desse ano”, reforçou.


Alta de queimadas

  • Em 2024, o país passou pela pior crise de queimadas dos últimos anos.
  • Até outubro, o Brasil havia ultrapassado a marca de 232 mil focos de incêndio, sobretudo nos biomas Pantanal e Amazônia.
  • A alta é atribuída pelo governo às mudanças climáticas, que provocaram a maior estiagem dos últimos 75 anos.

Nesta quinta, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assinou uma portaria que estabelece o estado de emergência ambiental. A medida permite declarar emergência em áreas vulneráveis, acelerar a contratação de brigadistas, além de trazer orientações aos estados sobre ações baseadas em dados climáticos.

O esforço de prevenção envolve, além da pasta, o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio). O plano apresentado prevê a alocação de cerca de 4,6 mil profissionais de brigadas florestais, um aumento de 25% em relação a 2024. As equipes terão à disposição 15 helicópteros, 10 aviões para lançamento de água, dois aviões de transporte, 50 embarcações e o apoio de outros veículos.

Segundo o governo, outra frente de prevenção será a ampliação do monitoramento dos incêndios, a partir do uso de tecnologias. Além disso, o órgãos pretendem reforçar a fiscalização, em conjunto com forças de segurança, como a Polícia Federal.

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