Eduardo Bolsonaro faz ameaças a Alexandre de Moraes

Brasília – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em publicação nas redes sociais. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o magistrado “pagaria por toda a maldade que cometeu” e que “será punido, custe o que custar”.

A declaração ocorre em meio a investigações sobre a tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na denúncia de Bolsonaro pelo Procurador-Geral da República, Paulo Gonet. A postagem de Eduardo sugere uma suposta “ditadura real” no Brasil e busca deslegitimar o Judiciário.

Publicação sugere retaliação contra Moraes

Em sua postagem, Eduardo Bolsonaro fez referência ao filme “Ainda Estou Aqui” para criticar o STF. Ele negou a existência de um regime militar no Brasil e defendeu os condenados pelos atos antidemocráticos de janeiro de 2023.

A estratégia se alinha ao discurso de setores da extrema-direita, que buscam mobilizar sua base com narrativas de perseguição política. A postagem também foi interpretada como um ataque direto a Alexandre de Moraes, relator dos processos envolvendo o ex-presidente e seus aliados.

Plano de atentado contra Moraes e outras autoridades

A Polícia Federal (PF) identificou Alexandre de Moraes como o principal alvo de um plano chamado Punhal Verde e Amarelo, que previa sua execução ou sequestro. Segundo as investigações, o grupo também planejava atentados contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice Geraldo Alckmin.

O esquema envolvia monitoramento da rotina de Moraes, identificação de seus deslocamentos e a formação de equipes para executar o crime. Cada envolvido no plano utilizaria um telefone descartável para evitar rastreamento.

Possíveis conseqüências legais para Eduardo Bolsonaro

Especialistas apontam que as declarações de Eduardo Bolsonaro podem configurar crimes como ameaça (artigo 147 do Código Penal) e incitação ao crime (artigo 286), além de possível enquadramento na Lei de Segurança Nacional (Lei 7.170/1983).

Diante das ameaças, Alexandre de Moraes solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma análise sobre a apreensão do passaporte do deputado. Os parlamentares Lindbergh Farias (PT-RJ) e Rogério Correia (PT-MG) também pediram investigação sobre Eduardo por articular reações contra o STF com políticos norte-americanos.

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