PDT entra na briga e quer liderança de Lula na Câmara

Sem fim próximo, a “novela” da reforma ministerial a ser promovida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou mais um personagem. O PDT, partido que hoje comanda o Ministério da Previdência e quer mais espaço na Esplanada, agora passou a pleitear também a liderança do governo na Câmara. Nos bastidores, especula-se que que o atual líder do governo, o deputado José Guimarães, pode deixar o cargo para assumir a presidência do PT.

Líder do PDT na Câmara, Mário Heringer (MG) afirmou ao Metrópoles que uma eventual escolha de Lula por um novo articulador político na Casa não precisa ser feita no Centrão. “Entendo que não sendo do PT já ajudaria muito. O antipetismo ainda é uma grande força eleitoral negativa. O PDT tem nomes que poderiam ocupar esse espaço. Os nossos nomes para liderar o governo são André Figueiredo ou Félix Mendonça”, afirmou o parlamentar.

Sobre o timing da reforma ministerial, o líder pedetista afirmou: “A velocidade depende da necessidade de quem tem a caneta para fazê-la. Nós nos mantemos em expectativa de poder contribuir mais com o governo, temos quadros importantes e que poderão somar, como já o faz o nosso ministro Carlos Lupi. Nosso espectro é a centro-esquerda e como tal queremos nos manter. Os denominados partidos de centro terão que dar a resposta se pretendem sair ou não”.

Segundo aliados, Lula ainda não decidiu se trocará José Guimarães na liderança do governo na Câmara. A substituição ocorreria não por insatisfação, mas para fazer um gesto ao Centrão. Na semana passada, o presidente escolheu a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, para chefiar a articulação política do Planalto e a anunciou como ministra de Relações Institucionais.

A escolha frustrou o Centrão, que prefere ver o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões, ocupando o ministério palaciano, por onde passam as negociações de emendas. Dessa forma, nomear um representante do grupo para liderar o governo é visto como um “prêmio de consolação”, ainda assim valorizado pelo Centrão. O nome favorito desses partidos sem bandeira ideológica é, novamente, Isnaldo Bulhões.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.