Estudo revela genes que tornam humanos e labradores mais propensos à obesidade

Os genes associados à obesidade em cachorros e humanos são os mesmos, de acordo com um novo estudo publicado na revista científica Science na última quinta-feira (6).

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Pesquisadores da Universidade de Cambridge estudaram labradores britânicos, e identificaram um gene associado à obesidade canina que também está associado à obesidade em humanos.

O gene chamado DENND1 afeta uma via cerebral responsável pela regulação do equilíbrio energético do corpo, chamada via leptina-melanocortina.


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Cães com alto risco genético para obesidade demonstraram ter maior apetite, assim como pessoas com alto risco genético de obesidade.

O estudo descobriu que os donos que controlavam rigorosamente a dieta e os exercícios de seus cães conseguiam evitar que até mesmo aqueles com alto risco genético se tornassem obesos, mas era necessário muito mais atenção e esforço.  

Da mesma forma, pessoas com alto risco genético de desenvolver obesidade não necessariamente se tornarão obesas se seguirem uma dieta rigorosa e praticarem exercícios, porém são mais propensas a ganhar peso. 

Segundo a principal autora do estudo disse em comunicado à imprensa, Alyce McClellan, do Departamento de Fisiologia, Desenvolvimento e Neurociência da Universidade de Cambridge, esses genes não são alvos óbvios para medicamentos para emagrecer, porque eles controlam outros processos biológicos que não devem sofrer interferências.

De acordo com a pesquisa, a epidemia de obesidade humana se reflete nos animais de estimação, uma vez que entre 40 e 60% dos cães de estimação estão acima do peso ou obesos.

Segundo a pesquisa, esse animal é um bom modelo para estudar a obesidade humana porque desenvolvem obesidade por meio de influências ambientais semelhantes às dos humanos.

O estudo

Para chegar nesses resultados, os pesquisadores recrutaram donos com cães de estimação para medir a gordura corporal. Depois, desenvolveram uma escala para pontuar o nível de apetite e coletaram uma amostra de saliva para analisar o DNA.

A partir disso, eles analisaram a genética de cada cão e compararam o condição de obesidade do cão com seu DNA, identificando os genes ligados à obesidade canina. 

Cães portadores da variante genética mais associada à obesidade, o DENND1B, tinham cerca de 8% mais gordura corporal do que aqueles sem ela.  

Depois, houve uma análise para determinar se os genes que identificaram atuavam no surgimento da obesidade humana.

Para isso, foram verificados tanto grandes estudos populacionais quanto coortes de pacientes com obesidade grave de início precoce, onde se suspeita que alterações genéticas únicas causem o ganho de peso.  

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