Polícia acha sangue em carro de suspeito: “Tudo indica ser de Vitória”

São Paulo — O delegado Luiz Carlos do Carmo, do Departamento de Polícia da Macro São Paulo (Demacro), disse, na tarde desta segunda-feira (10/3), que o carro de um dos suspeitos pelo assassinato da jovem Vitória Regina, de 17 anos, tinha manchas de sangue no morta malas, de acordo com perícia realizada na noite de domingo (9).

A menina foi encontrada sem vida na última quarta-feira (5), após passar uma semana desaparecida. O corpo dela estava decapitado, com diversas marcas de violência e completamente nu. Vitória teve o cabelo raspado e um sutiã amarrado ao pescoço.

O veículo onde foram encontradas manchas de sangue, um Toyota Corolla prata, pertence ao suspeito Maicol Antônio Sales dos Santos, preso no último sábado (8). Segundo o delegado, o material genético colhido na perícia será submetido a exames técnicos para comprovar que se trata de material genético de Vitória Regina.

“O Corola de Maicol tinha sangue no porta-malas. Tudo leva a crer que possa ser da vítima. Foi encaminhado para um laboratório de DNA. É um processo demorado. É necessário fazer um refinamento. O sangue acaba se misturando com algumas propriedades que estão no local. Entre 30 e 40 dias o laudo estará pronto”, afirmou Luiz Carlos do Carmo em entrevista coletiva.

De acordo com o delegado, “não há dúvida” de que Maicol estava próximo ao local no momento em que Vitória Regina foi raptada.

“Contra o Maicol há provas testemunhais que não deixam dúvida de que ele estava próximo. Além disso, ficou comprovada a mentira dele. Ele disse que havia dormido com a esposa. A mulher fala que dormiu na casa da mãe no dia. Vizinhos à residência dele também comentaram que houve uma movimentação anormal naquela noite, com gritos. Vários vizinhos deram esse depoimento”, disse.

Luiz Carlos do Carmo afirmou que, além de Maicol, os principais suspeitos são Gustavo Vinícius, com quem a jovem teria se relacionado, e Daniel Lucas, cuja relação com a menina ainda não foi completamente esclarecida.

Na semana passada, o delegado seccional de Franco da Rocha, Aldo Galiano, aventou a possibilidade de que, após terminar com Vitória Regina, Gustavo Vinícius teria começado a namorar com um indivíduo ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A suspeita é que fosse Maicol. A hipótese não foi confirmada.

Segundo o delegado Luiz Carlos do Carmo, Daniel era próximo à família da vítima e teria, inclusive, ajudado nas buscas enquanto a menina estava desaparecida.

“Daniel permanece como suspeito em razão de que temos aqui o celular dele apreendido. No aparelho, tem imagens feitas dias antes no local onde a vítima desceria. Foi gravado no celular dele. Poderia ser uma filmagem já preparando o arrebatamento”, disse o delegado.

“Essa explicação do por que ele esteve com a família da vítima logo depois do evento e inclusive ajudou nas buscas está nos autos”, acrescentou.

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