Após 5 anos e mais de 700 mil mortes, acervo digital expõe negacionismo na pandemia de Covid no Brasil

São Paulo – Hoje (12), completam-se cinco anos da primeira morte registrada por Covid-19 no Brasil. Para marcar a data, o Centro de Estudos SoU_Ciência, da Unifesp, lançou o Acervo da Pandemia, um repositório digital que documenta a desinformação e as políticas adotadas durante a crise sanitária.

O projeto, desenvolvido em parceria com diversas instituições, apresenta documentos que apontam como interesses políticos e econômicos incentivaram práticas contra a ciência. O material detalha a disseminação de desinformação e as estratégias de combate às medidas de prevenção da doença.


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Documentos comprovam desinformação

O Acervo da Pandemia disponibiliza aproximadamente 250 registros, incluindo textos, áudios e vídeos. O material analisa o papel do governo Jair Bolsonaro (PL) na crise, destacando o incentivo ao uso de medicamentos ineficazes, a negação de vacinas e o boicote às medidas sanitárias.

O SoU_Ciência enfatiza que os documentos seguem critérios científicos e revelam como um sistema articulado de agentes políticos e econômicos colocou a população em risco. “Alguns desses materiais contêm discursos autoincriminatórios e evidenciam as condutas que levaram à ampliação do número de mortes evitáveis”, destacou a instituição.

Impacto das políticas adotadas

Durante o governo Bolsonaro, a pandemia registrou quase 700 mil mortes no Brasil. Em abril de 2021, o país atingiu o pico de mais de 4 mil mortes diárias.

Especialistas apontam que o alto número de vítimas poderia ter sido reduzido com políticas de prevenção mais eficazes. O acervo também destaca o impacto da desinformação sobre a população e suas consequências na adoção de medidas protetivas.

Entenda o caso: negacionismo e a pandemia no Brasil

  • Incentivo a medicamentos ineficazes: Uso de substâncias sem comprovação científica.
  • Ataques à vacina: Discursos contra a imunização dificultaram adesão da população.
  • Boicote às medidas sanitárias: O governo questionou o uso de máscaras e o isolamento social.
  • Desinformação sobre a pandemia: Dados foram minimizados e alertas ignorados.

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