Rio de Janeiro – O ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados do Partido Liberal (PL) estão apreensivos com a manifestação marcada para o dia 16 de março, em Copacabana. O evento defende a anistia dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, mas parlamentares temem um público abaixo das 400 mil pessoas esperadas, o que enfraqueceria a narrativa de amplo apoio popular à pauta.
A escolha pelo Rio de Janeiro, em vez de São Paulo, ocorreu para evitar a deputada Carla Zambelli (PL-SP), organizadora do ato na capital paulista. No entanto, a Praia de Copacabana preocupa os organizadores por sua extensão, que pode dar a impressão de esvaziamento, além do calor intenso e do fracasso de eventos anteriores.

Estratégias para impulsionar a anistia
O PL e partidos aliados articulam mudanças no projeto de anistia para obter maior apoio. A proposta original, que concedia perdão total, deve ser ajustada para contemplar apenas crimes como associação criminosa armada e tentativa de golpe de Estado. A ideia é atrair o Centrão e parte da população contrária à anistia ampla.
O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), defende essa estratégia como forma de equilibrar a pressão da base bolsonarista com o risco de perder aliados moderados. Outras manifestações devem ocorrer em capitais brasileiras para ampliar a mobilização.
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STF e incertezas sobre Bolsonaro
Nos bastidores, advogados de Bolsonaro não acreditam no sucesso dos pedidos ao Supremo Tribunal Federal (STF), como a anulação da delação de Mauro Cid e o envio do julgamento ao plenário da Corte. A defesa teme uma possível condenação e busca adiar o julgamento para 2026, ano eleitoral, na tentativa de evitar sua prisão.
Ministros do STF, no entanto, reforçam que os condenados devem cumprir pena após o trânsito em julgado, aumentando a pressão sobre Bolsonaro e sua base política.
Entenda o caso: a anistia dos atos de 8 de janeiro
- O projeto de lei propõe a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023.
- A versão original previa perdão total, mas pode ser alterada para abranger apenas crimes específicos.
- O PL e aliados querem atrair apoio do Centrão e de setores da sociedade.
- O ato em Copacabana busca mostrar força, mas enfrenta risco de esvaziamento.
- A defesa de Bolsonaro tenta adiar seu julgamento no STF para 2026.
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O post Bolsonaro e aliados estão com medo de fracasso de ato por anistia no Rio de Janeiro apareceu primeiro em Diário Carioca.