Dólar recua com varejo no Brasil, tarifas de Trump e guerra no radar

O dólar operava em alta na manhã desta sexta-feira (14/3), em um dia no qual o mercado financeiro repercute dados do comércio varejista no Brasil e também segue com atenção o noticiário internacional no radar.


O que aconteceu

  • Às 9h27, a moeda norte-americana subia 0,47% e era negociada a R$ 5,774.
  • Na véspera, o dólar fechou em leve queda de 0,11%, cotado a R$ 5,80.
  • Com o resultado, a moeda dos Estados Unidos acumula ganhos de 0,19% na semana e perdas de 1,94% no mês e 6,12% no ano.

Varejo no Brasil

Nesta sexta-feira, os investidores repercutem, no cenário doméstico, os dados sobre as vendas do comércio varejista brasileiro em janeiro deste ano.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o varejo nacional registrou um recuo de 0,1% nas vendas em janeiro, na comparação com o mês anterior.

Já na comparação com janeiro de 2023, as vendas do comércio varejista subiram 3,1%.

O resultado veio acima da média das projeções dos analistas do mercado, que esperavam queda de 0,2% na comparação mensal e alta de 1,9% na base anual.

EUA, Rússia e Ucrânia

No exterior, os investidores permanecem acompanhando os desdobramentos da política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, contra diversos países.

Nessa quinta-feira (13/3), Trump usou a sua rede Truth Social para ameaçar taxar em 200% os produtos alcoólicos importados da União Europeia caso o bloco de países não retire as tarifas aplicadas como retaliação aos EUA.

“A União Europeia, uma das autoridades tributárias e tarifárias mais hostis e abusivas do mundo, que foi formada com o único propósito de tirar vantagem dos Estados Unidos, acaba de aplicar uma tarifa desagradável de 50% sobre o uísque”, escreveu Trump.

“Se essa tarifa não for removida imediatamente, os EUA em breve aplicarão uma tarifa de 200% sobre todos os vinhos, champanhe e produtos alcoólicos saindo da França e outros países representados na UE. Isso será ótimo para os negócios de vinho e champanhe nos EUA”, completou.

Na quinta-feira, os principais índices das bolsas de valores da Europa fecharam em baixa, em meio à possibilidade de uma guerra comercial global e as incertezas relacionadas à política tarifária do governo Trump.

Ainda no cenário internacional, o mercado acompanha as negociações em torno de um possível cessar-fogo na Ucrânia, que pode interromper a guerra contra a Rússia que se arrasta há mais de 3 anos.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou, na quinta-feira, que há muitos questionamentos a se fazer sobre o cessar-fogo com a Ucrânia proposto pelos EUA.

O líder russo estabeleceu uma série de condições que precisariam ser atendidas para que a Rússia concorde com a trégua.

Durante entrevista coletiva no Kremlin, ao lado do presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, Putin disse que concorda com as propostas dos EUA para cessar os combates, mas disse que queria abordar as “causas raízes do conflito”.

“A ideia em si é correta e certamente a apoiamos”, disse Putin. Mas ele ressaltou que a Ucrânia não deveria se rearmar nem se mobilizar e que a ajuda militar ocidental a Kiev teria de ser interrompida durante o cessar-fogo de 30 dias.

Trump respondeu brevemente, antes de uma reunião com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, dizendo que Putin havia “feito uma declaração muito promissora, mas não estava completa”.

O presidente dos EUA afirmou que está “pronto para conversar” com Putin. “Veremos se a Rússia concorda e, se não, será um momento muito decepcionante”, disse. “Gostaria de ver um cessar-fogo da Rússia. Esperamos que a Rússia faça a coisa certa.”

Bolsa de Valores

As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), começam a partir das 10 horas.

No dia anterior, o Ibovespa fechou o pregão em forte alta de 1,43%, aos 125,6 mil pontos.

Com o resultado, a Bolsa do Brasil acumula ganhos de 0,48% na semana, de 2,31% no mês e de 4,45% no ano.

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