WSL Layback Pro inicia a batalha pelo título sul-americano na quinta-feira em Florianópolis

WSL Layback Pro iniciou a batalha pelo título sul-americano da World Surf League, com a estreia dos cabeças de chave do QS 3000 masculino na quinta-feira de Sol e boas ondas na Praia da Joaquina. O local da Joaca, Lucas Vicente, começou a defender a liderança do ranking com vitória em casa e sete concorrentes saíram da briga, mas cinco ainda seguem na disputa com o catarinense. No segundo dia, também esquentou a luta pelas 7 vagas da WSL South America para o Challenger Series, circuito de acesso para a elite do Championship Tour (CT). Nesta sexta-feira às 8h00, começa o QS 3000 feminino que também vai decidir o título sul-americano e as 3 classificadas para o Challenger, ao vivo de Florianópolis pelo WorldSurfLeague.com.

A florianopolitana Laura Raupp, está disparada na frente do ranking e faz a sua primeira defesa da liderança do ranking na primeira bateria do dia. Laura e Lucas Vicente podem confirmar a hegemonia do surfe catarinense na América do Sul, se repetirem o feito do Mateus Herdy e da Tainá Hinckel na temporada passada. Lucas Vicente começou muito bem na 11.a bateria da quinta-feira, derrotando os paulistas Philippe NevesGabriel André e o catarinense Ryan MartinsLucas foi revelado pelo bom trabalho da Associação de Surf da Joaquina (ASJ) e ficou feliz pela mudança do WSL Layback Proda Praia Mole para a Joaca esse ano.  

“É muito bom estar em casa. Eu consigo ter minha rotina, estou com meus pais, meu irmão, minha noiva, a galera local, então é muito bom”, disse Lucas Vicente. “Essa é a praia onde eu aprendi a surfar, tenho até tatuagem daqui, então é um lugar muito especial pra mim. Quero agradecer a ASJ pelo trabalho que vem fazendo e não é à toa que tem dois campeões mundiais Junior e tantos outros surfistas bons daqui. Estou animado, feliz por estar competindo em casa e quero desempenhar o que faço nos treinos todo dia”.

Lucas Vicente também comentou sobre repetir o título sul-americano conquistado por outra revelação da Associação de Surf da Joaquina na temporada passada. Foi assim também na disputa pelo título mundial Pro Junior da WSL, com Mateus Herdy sendo campeão em 2018 e Lucas Vicente vencendo em 2019: “Eu tava pensando nisso esses dias, se será que vai repetir de novo? Mas é isso, Floripa é um celeiro mundial, é um lugar incrível, de altas ondas e tenho orgulho de ser manezinho. Então, obrigado por todo mundo que me apoia, acredita em mim e vamos pra cima, porque hoje foi só o começo”.

Quando Lucas Vicente estreou na 11.a bateria da quinta-feira, os seus principais concorrentes ao título sul-americano, já haviam perdido logo em suas estreias no WSL Layback Pro na Praia da Joaquina. O primeiro a cair foi o vice-líder, o argentino Franco Radziunas, no terceiro confronto do dia. No quarto, o número 3 do ranking, José Francisco, o Fininho, também ficou em último lugar. Com a passagem para a terceira fase, Lucas Vicente também acabou com as chances do paulista Wesley Leite e mais quatro saíram da briga por terem perdido as suas primeiras baterias na Joaca, Kaue GermanoMateus SenaRickson Falcão e o argentino Nacho Gundesen.

CONCORRENTES AO TÍTULO – Inicialmente, Lucas precisava chegar na grande final para garantir o título sul-americano, agora já confirma o primeiro lugar no ranking nas quartas de final. Apenas cinco surfistas ainda podem ultrapassar os 5.950 pontos que ele já atingiu no ranking. O paranaense Peterson Crisanto e o paulista Igor Moraes precisam chegar na final para isso, enquanto o paulista Weslley Dantas e os cearenses Cauã Costa e Michael Rodrigues, somente com a vitória no WSL Layback Pro. O número 4 do ranking, Peterson Crisanto, era o aniversariante o dia e o presente foi a classificação em primeiro lugar na sua bateria.

“Foi bom estrear com o pé direito e estou feliz, porque é um campeonato importante pro ranking”, disse Peterson Crisanto“Tem uma galera que tava na disputa do título e já caiu, mas só quero fazer o meu. Graças a Deus, está dando tudo certo, estou com minha família, minha esposa e supertranquilo. O equipamento tá bom e queria muito passar essa primeira bateria, que é sempre a mais difícil. Ainda mais no dia do aniversário, então o presente está entregue. Mas, com certeza, o melhor presente vai ser meu filho, que vai chegar dia 15 de maio. Vai ser o melhor presente da minha vida, então estou amarradão, feliz e bora pra próxima”.

Com a combinação dos resultados da quinta-feira, uma bateria com três concorrentes ao título sul-americano da temporada 2024/2025, foi formada na terceira fase, com o líder Lucas Vicente enfrentando Peterson Crisanto e o grande destaque dos 4 anos da história do Layback Pro na Praia Mole, Michael Rodrigues. O catarinense Matheus Navarro completa este sexto confronto e ainda tem chance na disputa pelas 7 vagas para o Challenger Series 2025. Mas, apenas dois avançam para a rodada classificatória para as quartas de final.

MELHORES DO DIA – Entre os 13 surfistas que chegaram no WSL Layback Pro com chances na briga pelo título de campeão sul-americano da temporada 2024/2025, o primeiro a se apresentar na Praia da Joaquina foi o cearense Cauã Costa. Ele competiu no primeiro confronto do dia e fez as marcas a serem batidas no campeonato, nota 7,50 na melhor onda que surfou e 13,83 pontos. Cauã também tenta confirmar sua vaga no Challenger Series pelo segundo ano consecutivo e defende a última posição na lista dos 7 que se classificam.

“Estou bastante confiante e já deu pra soltar o surfe, sentir mais a prancha, tirar aquela zica da primeira bateria e estou muito feliz”, disse Cauã Costa“Estou disputando a vaga pro Challenger e quero muito conseguir. Eu venho treinando bastante para essa última etapa da temporada. Já estou aqui há uma semana, treinando todos os dias na Joaca, então estou bem conectado e a galera tá falando que eu tenho surfado bem melhor nos treinos. Acabei de fazer uma bateria muito boa e seja o que Deus quiser”.

DEFENSOR DO TÍTULO – Apenas dois surfistas conseguiram bater os recordes do Cauã Costa no primeiro confronto da quinta-feira ensolarada na Praia da Joaquina. O campeão do último WSL Layback Pro realizado na Praia Mole no ano passado, Lucas Silveira, igualou a nota 7,5 do cearense com duas batidas muito fortes e atingiu 13,97 pontos, o maior placar nos dois primeiros dias do campeonato. Lucas Silveira é carioca, mas há muitos anos mora em Florianópolis e tenta confirmar uma vaga no Challenger Series, como no ano passado. Para isso, precisa chegar na final do WSL Layback Pro na Praia da Joaquina.

“Foi uma bela bateria pra mim. As ondas estão bem divertidas, apesar de um pouco difícil de se posicionar lá dentro. Mas, consegui ficar bem ativo e surfar boas ondas”, disse Lucas Silveira, que falou sobre a mudança da Praia Mole para a Joaquina. “Como eu ganhei na Mole no último ano e ganhei outros campeonatos também, então sempre gostava de competir lá. Mas, a Joaca é muito boa também e, provavelmente, eu até surfo mais aqui do que lá. Eu surfava lá mais pra treinar pros campeonatos, mas, sempre que dava, eu vinha surfar aqui, então estou em casa, literalmente”.

RECORDE DE NOTA – Ninguém conseguiu bater os 13,97 pontos do Lucas Silveira, mas a nota 7,50 foi superada pelas três pancadas de backside que o paulista Gabriel Klaussner acertou no nono confronto do dia. Ele foi todo liderado pelo cearense Michael Rodrigues, que há muitos anos mora em Florianópolis e detém todos os recordes da história do Layback Pro na Praia Mole, inclusive a única nota 10 quando venceu o campeonato em 2022. No último minuto, Gabriel Klaussner achou a onda que valeu nota 8,00, para saltar do quarto para o primeiro lugar. Michael Rodrigues passou em segundo, eliminando outros dois paulistas, Caio Costa e Hizunome Bettero.

“Estou amarradão de ter passado essa bateria. Era muito difícil, com o Michael (Rodrigues), o Caio (Costa) e o Hizu (Bettero). Eu tava só em terceiro, quarto na bateria, só esperando pela onda boa mesmo”, contou Gabriel Klaussner“Acabei encontrando ela no final, acertei duas batidas boas de backside, a terceira na junção e tô amarradão. Eu só competi dois campeonatos aqui na Joaquina na minha vida. Os dois eu fiz final e os dois eu fiquei em segundo lugar. Agora, eu quero fazer final de novo, mas quero ganhar dessa vez”.

VAGAS NO CHALLENGER – A batalha pelas vagas no Challenger Series também esquentou, com a estreia dos cabeças de chave do WSL Layback Pro na quinta-feira. Dos 60 surfistas que chegaram em Florianópolis, com chances de terminar entre os 7 primeiros do ranking da WSL South America, 21 perderam em suas estreias na Praia da Joaquina. Inclusive os três que estavam mais próximos do G-7, o argentino Nacho Gundesen nono colocado, o potiguar Mateus Sena em décimo e o saquaremense Rickson Falcão em 11.o lugar.

Agora, a principal ameaça para os últimos da lista, Cauã Costa e Weslley Dantas, é o paulista Wesley Leite, que já iguala os 3.723 pontos deles, se passar a sua próxima bateria. Será a primeira da quarta fase, contra o próprio Cauã e mais dois que estão na briga, o paulista Daniel Adisaka e o uruguaio Marco Giorgi. Em todos os oito confrontos dessa fase, terá mais de um surfista com chances de terminar entre os 7 primeiros colocados no ranking da WSL South America, que vão representar a América do Sul no Challenger Series em 2025.

CATEGORIA FEMININA – Nesta sexta-feira, será iniciada a competição feminina do WSL Layback Pro, com as 28 participantes estreando nas oito baterias da rodada inicial. A líder do ranking, Laura Raupp, campeã da primeira etapa da Layback em 2021 na Praia Mole e vice na final com Tainá Hinckel no ano passado, foi escalada na primeira bateria, que começará as 8h00. Suas adversárias são a paulista Julia Nicanor e a bicampeã sul-americana da WSL, Dominic Barona, do Equador. Já a surfista olímpica da Guarda do Embau e campeã sul-americana da temporada 2023/2024, Tainá Hinckel, faz a sua primeira defesa do título do WSL Layback Pro na quinta bateria, contra a paulista Sophia Gonçalves e a chilena Isidora Bultó.


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WSL Layback Pro é homologado pela WSL Latin America e viabilizado pela Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte do Governo Federal do Brasil. Esta etapa do QS 3000 é uma realização da Agência Esporte & Arte e acontece com patrocínio de Dare e Prefeitura Municipal de Florianópolis através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer; apoio da Greenish, Ease Labs Cannabis Products, Evoke, Fu-Wax, Havenga, Oakberry, Refúgio Ekrãn e Cris Hotel; conta com o suporte da Federação Catarinense de Surf (FECASURF) e Associação de Surf da Joaquina (ASJ), parceria de mídia do site Waves.com.br e produção da FIRMA na transmissão ao vivo pelo WorldSurfLeague.com.

FLORIPA FILM FESTIVAL – Na quinta-feira, também foi iniciada a segunda edição do Floripa Film Festival, uma das atrações do WSL Layback Pro que estreou com grande sucesso no ano passado. Até o sábado, serão exibidos 50 filmes de surfe, sendo 35 produções nacionais e 15 internacionais. As mostras vão acontecer no “The Search House”, localizado na Barra da Lagoa. Nos 3 dias, as exibições começam por volta das 16h00, com pequenos intervalos até as 22h30. Na sexta-feira (dia 21) e no sábado (22), também haverá shows musicais e DJs agitando a galera, desde as 23h00 até as 2h00 da madrugada.

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