Arqueólogos encontram tumba de faraó guerreiro desconhecido no Egito

Pesquisadores descobriram mais uma tumba real depois de acharem uma rede de túmulos em Abidos, no Egito. Ainda não se sabe a identidade do faraó que foi enterrado no local. O achado foi feito pelo arqueólogo norte-americano Josef Wegner e sua equipe no Monte Anúbis.

O mistério em relação ao nome do rei acontece devido aos estragos provocados por ladrões de túmulos. A identidade dele estava gravada em hieróglifos nas paredes, porém eles foram apagados na ação dos malfeitores. No entanto, mesmo desconhecido, o monarca pode ajudar a entender uma era esquecida da história egípcia, entre 1640 a.C. a 1540 a.C., época em que faraós travavam guerras entre si em disputas por território.

“É um período realmente fascinante de turbulência e conflito. Ele dá origem ao novo reino, a famosa era de ouro de muitos faraós famosos, como o Rei Tut e os reis Ramsés”, destaca o arqueólogo Josef Wegner, curador da seção egípcia do Museu Penn, nos Estados Unidos, em entrevista ao portal Business Insider.

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Escavações foram realizadas em Abidos, no Egito

Josef Wegner/Museu Penn

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Identidade do faraó encontrado não foi revelada, pois ladrões de túmulo apagaram os hieróglifos da tumba

Josef Wegner/Museu Penn

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Em descoberta anterior, túmulo do faraó Seneb Kay foi identificado devido a preservação dos hieróglifos

Dr. Josef Wegner para o Museu Penn

A equipe de Wagner escavou o túmulo sob sete metros de areia e descobriu que a tumba faz parte da antiga cidade de Abidos, onde uma dinastia pouco conhecida governou durante um período de guerras no Egito. Em 2014, os mesmos pesquisadores já haviam descoberto uma outra tumba no local, que abrigava os restos mortais do faraó Seneb Kay. Eles acreditam que o rei desconhecido viveu antes de Seneb Kay.

Como há dois reis registrados ainda sem tumba encontrada, pesquisadores acreditam que o faraó pode ser Senaiib ou Paentjeni. Para confirmar a identidade, novas escavações serão feitas para buscar mais evidências. A equipe espera encontrar vasos canópicos, onde são armazenados os órgãos da múmia, com o nome verdadeiro do faraó. “Isso seria uma identificação positiva imediata”, aponta Wegner.

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