Bolsa de Tóquio cai, mas Hong Kong sobe após “tarifaço” sobre a China

No primeiro dia de vigência do “tarifaço” dos Estados Unidos de 104% sobre produtos importados da China, os principais índices das bolsas de valores da Ásia fecharam sem direção definida nesta quarta-feira (9/4).

Enquanto os indicadores dos mercados de Tóquio, no Japão, e Seul, na Coreia do Sul, terminaram o dia operando no vermelho, as ações subiram na China, com os investidores esperando por uma resposta do governo de Pequim às tarifas comerciais impostas pelos norte-americanos.


O que aconteceu

  • Em Tóquio, o índice Nikkei fechou em baixa de 3,93%, aos 31,7 mil pontos.
  • Na Bolsa de Seul, o Kospi cedeu 1,74%, aos 2,2 mil pontos.
  • Por outro lado, na Bolsa de Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,68%, aos 20,2 mil pontos.
  • Na China continental, o Xangai Composto avançou 1,31%, aos 3,1 mil pontos.
  • As ações ligadas ao setor de tecnologia e eletrônicos lideraram as perdas nas bolsas de Tóquio e Seul.

104% em tarifas

A Casa Branca confirmou, nessa terça-feira (8/4), que aplicará uma tarifa extra de 50% a todos os produtos importados da China. Esse valor será somado aos 54% impostos pregressamente pelo presidente dos EUA, Donald Trump, chegando a 104%. A cobrança começou a valer a partir desta quarta-feira.

Essa é mais uma escalada da guerra tributária estabelecida com o país asiático. A China anunciou que imporia uma taxa de 34% como retaliação ao tarifaço anunciado na quarta-feira (2/4).

A China foi taxada, inicialmente, em 34% sobre todos os produtos importados pelos EUA. Como resposta à taxação, o país asiático anunciou que irá impor uma tarifa retaliatória de 34% aos EUA.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou, em coletiva de imprensa, nesta terça-feira, que o presidente dos EUA, Donald Trump, “não vai se curvar à China” e aplicará uma tarifa de 104% ao país oriental.

“Trump está disposto a negociar com os países, mas essas negociações podem durar meses. Até lá, as tarifas começarão a valer nesta quarta-feira”, disse a porta-voz.

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