Comusa adia decisão sobre UBS no Loteamento Schaefer após reunião conturbada em Brusque

A reunião extraordinária do Conselho Municipal de Saúde de Brusque (Comusa), realizada na noite de quarta-feira, 16 de abril, terminou sem uma decisão final sobre a instalação de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no Loteamento Schaefer. Durante a sessão, que aconteceu no auditório do Sintimmmeb, estavam em pauta a aprovação do local e o repasse de recursos para a continuidade da obra. No entanto, a decisão foi adiada após discussões acaloradas entre os conselheiros, com a maioria optando por adiar a deliberação para uma nova reunião.

O presidente do Comusa, Robson Zunino, explicou que o encontro não resultou na decisão esperada pela população, que aguardava uma resolução sobre a construção da UBS. “O que deveria ser resolutivo era a votação sobre a construção e o repasse do valor suplementar. No entanto, houve uma solicitação de vistas e uma argumentação jurídica que levou à suspensão da votação”, declarou Zunino. Ele ressaltou ainda que a próxima reunião será decisiva para o futuro do projeto, onde o Conselho decidirá se aceita ou não a obra no local proposto.

Zunino também abordou o clima de tensão na reunião, mencionando o pedido de um conselheiro para que a próxima reunião fosse realizada a portas fechadas, após um caso de agressão a uma conselheira. “Foi uma reunião difícil, com falta de respeito e até agressão dentro do auditório. A mesa diretora avaliará essa possibilidade para a próxima reunião, que será exclusivamente deliberativa”, comentou Zunino.

O procurador-geral do município, Dr. Rafael Maia, presente na reunião, criticou fortemente a condução do encontro. “O que vimos aqui foi uma verdadeira gincana jurídica. O processo foi atrasado de forma desnecessária, após uma pressão do Conselheiro Juarez, que impediu que a votação sobre a obra fosse realizada”, disse Maia. Ele lamentou que, apesar de um acordo entre os conselheiros para votar o tema, a votação foi adiada, prejudicando a continuidade da obra que visa melhorar o atendimento à saúde em Brusque.

Maia destacou que os conselheiros haviam sido pressionados por moradores da comunidade, alguns dos quais se comportaram de maneira agressiva. “O que vemos aqui é um movimento comunitário de grande pressão, mas que não pode interferir no processo legal e democrático”, afirmou o procurador.

A reunião também envolveu discussões sobre o futuro da obra, com a maioria dos conselheiros optando por não enviar o caso ao Ministério Público nem solicitar uma audiência pública sobre o tema. A decisão sobre a construção da UBS foi adiada para uma próxima reunião, quando os conselheiros deverão votar de forma mais objetiva sobre a obra e o repasse de recursos.

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