Glauber Braga, deputado federal pelo PSOL-RJ, encerrou nesta quinta-feira (17) a greve de fome iniciada em 9 de abril. A ação protestava contra o orçamento secreto e o processo de cassação em curso no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Mesmo com o fim do jejum, Glauber reforçou que sua luta contra a distribuição opaca de verbas parlamentares continua. O parlamentar responsabiliza os acordos informais por enfraquecer a democracia e comprometer a equidade na distribuição dos recursos públicos.
Aceno de Hugo Motta motivou suspensão da greve
A decisão de interromper o protesto ocorreu após sinalização do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Ele teria oferecido uma trégua de 60 dias na tramitação do processo disciplinar que corre contra Glauber, buscando abrir espaço para diálogo.
Contudo, o parlamentar afirmou que sua atuação seguirá ativa nas comissões e no plenário, com foco na denúncia de esquemas que utilizam as emendas parlamentares como instrumentos políticos.
Orçamento secreto ainda movimenta críticas e investigações
O orçamento secreto ganhou visibilidade no governo anterior por meio das chamadas emendas de relator. Esses repasses, que somam bilhões de reais, ocorrem sem critérios claros, o que dificulta o controle público e favorece barganhas políticas.
Portanto, mesmo com a decisão do Supremo Tribunal Federal de declarar sua inconstitucionalidade, parlamentares e entidades ainda apontam a persistência de práticas semelhantes, rebatizadas sob outros formatos.
Postura crítica de Glauber tem sido constante
Ao comentar o fim da greve, Glauber declarou: “Não estou suspendendo a luta contra o orçamento secreto. A suspensão da greve de fome não significa rendição”. Ele também garantiu que continuará denunciando o uso político das emendas e exigindo mais transparência na gestão fiscal.
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De acordo com o portal Poder360, o protesto buscava não apenas defender o mandato do deputado, mas também chamar atenção para o funcionamento do Congresso, que ele acusa de favorecer decisões tomadas nos bastidores.
Nova fase deve incluir articulações externas
Enfim, com a pausa no processo e o fim do jejum, a expectativa é que Glauber Braga intensifique os contatos políticos para ampliar o apoio à sua causa. A mobilização deve envolver movimentos sociais, entidades da sociedade civil e parlamentares que compartilham da crítica à atual lógica de liberação de recursos.
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