O porta-voz do Ministério do Comércio da China afirmou, nesta segunda-feira (21/4), que o país adotará “medidas de retaliação correspondentes” contra países que firmem acordos comerciais com os Estados Unidos que prejudiquem os interesses chineses, de acordo com comunicado oficial.
O que está acontecendo?
- O governo da China enviou uma carta a todos os estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), convocando-os para uma reunião do Conselho de Segurança da entidade. O objetivo da reunião é debater o tarifaço aplicado pelos Estados Unidos e sobre o que os chineses chamam de “bullying” do governo de Donald Trump.
- A “guerra tarifária” entre EUA e China tem se acirrado nos últimos dias. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do governo chinês, Li Jian, disse que os EUA deveriam parar com o tarifaço e a “pressão máxima” adotada, com ameaças e chantagens, caso queiram dialogar e negociar com a China.
- A reação surge após a Casa Branca divulgar um comunicado oficial, no qual afirmou que o país de Xi Jinping enfrentará tarifas ainda maiores, de até 245%, por causa das “ações retaliatórias”.
“A China respeita os esforços de outros países para resolver disputas comerciais com os EUA por meio de consultas em pé de igualdade. Acreditamos que, diante da questão das tarifas “recíprocas”, todos devem se posicionar ao lado da justiça e da equidade, ao lado do curso correto da história, e defender as regras do comércio internacional e o sistema multilateral”, divulgou o porta-voz.
No entanto, em comunicado, ele destaca que a China “se opõe firmemente a qualquer tentativa de sacrificar seus interesses em negociações com terceiros”.
“Se isso acontecer, a China não aceitará e tomará medidas de retaliação correspondentes. Temos determinação e capacidade para defender nossos próprios direitos e interesses”, alegou o Ministério do Comércio da China. “Diante dos impactos do unilateralismo e do protecionismo, nenhum país sairá ileso”, alegou o porta-voz.
O representante do governo de Xi Jinping apontou que, “se o comércio internacional regredir à ‘lei da selva’ do mais forte, todos os países acabarão prejudicados”.
“A China está disposta a reforçar a solidariedade e a coordenação com todas as partes, enfrentar os desafios lado a lado, resistir juntos às práticas de intimidação unilateral e proteger seus direitos legítimos, bem como a justiça e a equidade internacionais”, anunciou ele.