Saiba quem foram os últimos papas e como moldaram a Igreja Católica durante os governos

Últimos papas revezaram entre reinados conservadores e progressistas

Os três últimos papas foram os únicos não-italianos – Foto: Divulgação/ND

Os últimos papas – Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e Francisco, que morreu nesta segunda-feira (21) – enfrentaram desafios únicos ao liderar a Igreja Católica em um mundo em constante transformação.

À exceção de Bergóglio, Ratzinger e Karol, todos os outros pontífices eram italianos. A Igreja Católica foi fundada há cerca de 2 mil anos e, desde o início, teve um papa – sendo o primeiro, São Pedro.

Desde o pós-Segunda Guerra Mundial até a era digital, cada um deixou um legado distinto, equilibrando tradição e modernidade em tempos de crise e avanços globais.

De pontificados breves a reinados históricos: quem foram os últimos papas?

João XXIII (Angelo Giuseppe Roncalli)

Papa de 1958 a 1963, foi um líder revolucionário que modernizou a Igreja Católica. Conhecido por seu carisma e abertura, tornou-se o primeiro pontífice a transmitir sua benção inaugural pela televisão e promoveu o diálogo com o mundo moderno e outras religiões. Suas reformas incluíram a expansão do Colégio dos Cardeais, aumentando a diversidade internacional. Morreu aos 81 anos, deixando um legado de progressismo e compaixão.

João XXIII (Angelo Giuseppe Roncalli)

Papa João XXIII (Angelo Giuseppe Roncalli) – Foto: Reprodução/ND

Paulo VI (Giovanni Battista Montini)

Paulo VI (1963-1978) destacou-se por promover o diálogo inter-religioso e modernizar a liturgia, substituindo o latim pelos idiomas locais. Seu pontificado coincidiu com eventos como a Guerra do Vietnã e a corrida espacial, marcando a Igreja com uma visão mais aberta ao mundo.

Paulo VI (Giovanni Battista Montini)

Papa Paulo VI (Giovanni Battista Montini) – Foto: Reprodução/ND

João Paulo I (Albino Luciani)

Entre os últimos papas, João Paulo I (1978) teve um governo curto – apenas 33 dias –, mas ficou conhecido como “Papa Sorriso” por seu carisma. Sua morte súbita gerou teorias conspiratórias, especialmente sobre supostas investigações de corrupção que estaria conduzindo.

João Paulo I (Albino Luciani)

Papa João Paulo I (Albino Luciani) – Foto: Reprodução/ND

Conservadorismo, renúncia e progresso: os desafios dos únicos papas não-italianos

João Paulo II (Karol Jozef Wojtyla)

Já João Paulo II (1978-2005), o terceiro pontificado mais longo da história, tornou-se símbolo de resistência. Sobrevivente da ocupação nazista na Polônia, o polonês mediou conflitos globais e manteve posições conservadoras, como a oposição firme ao aborto. Sua popularidade o transformou em um ícone mundial, canonizado em 2014.

João Paulo II (Karol Jozef Wojtyla)

Papa João Paulo II (Karol Jozef Wojtyla) – Foto: Reprodução/ND

Bento XVI (Joseph Aloisius Ratzinger)

Bento XVI (2005-2013), intelectual alemão que viveu sob o nazismo, enfrentou escândalos de abusos sexuais na Igreja enquanto mantinha posturas rígidas sobre sexualidade e anticoncepção. Sua renúncia, alegando saúde frágil, chocou o mundo e abriu caminho para uma nova era.

Bento XVI (Joseph Aloisius Ratzinger)

Papa Bento XVI (Joseph Aloisius Ratzinger) – Foto: Reprodução/ND

Francisco (Jorge Mario Bergoglio)

Francisco (2013-2025), o primeiro papa latino-americano, argentino, trouxe um estilo humilde e progressista, criticando o capitalismo selvagem e defendendo os pobres. Apesar de manter investigações sobre abusos, seu pontificado foi marcado por gestos de inclusão e uma abordagem pastoral mais aberta.

Papa Francisco (Jorge Mario Bergoglio)

Papa Francisco (Jorge Mario Bergoglio) – Foto: Reprodução/Wikimedia Commons/ND

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