Namorado acusado de matar médica encontrada em mala vai a júri popular

São Paulo — Davi Izaque Martins Silva, de 29 anos, acusado de assassinar a médica Thallita da Cruz Fernandes, encontrada morta dentro de uma mala em um apartamento em agosto de 2023, vai a júri popular nesta terça-feira (22/4), às 13h30, no Fórum de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.

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 Médica Thallita da Cruz Fernandes, 28 anos, morta em São José do Rio Preto

A médica Thallita Fernandes, de 28 anos, morava em São José do Rio Preto
Corpo da médica foi encontrado dentro de mala
Faculdade de Medicina publicou nota de pesar
Namorado está preso por morte de médica que foi encontrada dentro de uma mala
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Médica havia se formado em 2021

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Médica Thallita da Cruz Fernandes, 28 anos, morta em São José do Rio Preto

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A médica Thallita Fernandes, de 28 anos, morava em São José do Rio Preto

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Corpo da médica foi encontrado dentro de mala

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Faculdade de Medicina publicou nota de pesar

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Namorado está preso por morte de médica que foi encontrada dentro de uma mala

Metrópoles

Ele, que era namorado da vítima, foi denunciado pelo Ministério Público (MPSP) em setembro de 2023, com base no indiciamento da Polícia Civil, por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, à traição e feminicídio, além de tentativa de ocultação de cadáver.


O assassinato da médica

  • Thallita da Cruz Fernandes, então com 28 anos, foi encontrada morta a facadas dentro de uma mala em seu apartamento, em um bairro nobre de Rio Preto, em 18 de agosto de 2023.
  • Seu namorado, Davi Izaque Martins Silva, foi preso no dia seguinte.
  • A médica e o namorado teriam discutido por causa do consumo de drogas do rapaz, segundo o delegado Alceu Lima de Oliveira Júnior, titular da Delegacia de Homicídios de São José do Rio Preto.
  • Davi admitiu, no dia da prisão, ter consumido “uma bala de cocaína”.
  • De acordo com o delegado, ela perguntou a Davi como ele tinha dinheiro para drogas e bebidas, mas não podia ajudar nas despesas da casa. “Foi uma discussão acalorada, mas o casal se entendeu depois, segundo o depoimento dele”.
  • Com o fim da discussão, Thallita foi dormir e Davi, para a sala, onde teria tomado duas cervejas.
  • Então, o namorado levantou, foi até a cozinha, pegou a faca e foi para o quarto atacar a namorada.
  • A polícia acredita que a médica queria terminar o relacionamento, mas Davi não concordava sobretudo porque dependia financeiramente dela e não queria abrir mão do padrão de vida que a namorada proporcionava.
  • O crime foi descoberto após uma amiga de Thallita receber dela uma mensagem suspeita. “Não posso falar. O dia de serviço está muito corrido”, dizia o texto.
  • A amiga, no entanto, sabia que Thallita estava de folga. Ela chamou a PM, que foi até o apartamento.
  • De acordo com o boletim de ocorrência, a PM encontrou a porta do apartamento dela trancada e precisou acionar um chaveiro para entrar.
  • Sem roupa e com marcas de ferimento no rosto, o corpo da médica foi encontrado em uma mala, na área de serviço do apartamento.
  • Também havia sangue no quarto e no banheiro do imóvel.

Para a polícia, a atitude de colocar Thalita na mala indica que havia intenção de remover o corpo do local – caso contrário, a médica seria deixada na própria cama, onde foi atacada. “Possivelmente ele desistiu porque a mala rasgou“, disse ao Metrópoles o delegado Alceu Lima de Oliveira Júnior, titular da Divisão de Homicídios de São José do Rio Preto.

Conversa com Uber

Após o assassinato da médica Thallita da Cruz Fernandes, 28 anos, o namorado dela, Davi Izaque Martins Silva, pediu um Uber, conversou normalmente durante o trajeto e desembarcou na frente de uma hamburgueria. “Cheiro de carne, né?”, comentou o suspeito, ao descer do veículo.

O episódio foi relatado aos policiais pelo motorista de aplicativo, que se apresentou voluntariamente para prestar depoimento na delegacia, em São José do Rio Preto, no interior paulista, em 19 de agosto de 2023.

Namoro de três anos

O namoro de Thallita e Davi durou três anos. Há um ano e quatro meses, eles viviam juntos, no apartamento dela. Como a família da médica mora em Guaratinguetá, no interior paulista, Thallita costumava viajar e deixar o namorado cuidando do imóvel. Nessas ocasiões, era comum que Davi levasse amigos, fizesse festas e recebesse queixas de barulho feitas por vizinhos.

Segundo testemunhas, Davi havia começado em um novo emprego no dia 14 de agosto de 2023, quatro dias antes do crime. Ele era caixa de uma hamburgueria. No dia 17, no entanto, o suspeito faltou ao trabalho. Na dia seguinte, 18 de agosto, quando o corpo da médica foi encontrado, também não apareceu.

Thallita era plantonista em um posto de saúde do município vizinho de Bady Bassitt, também no interior paulista. Nas redes sociais, ela agradecia à família pela ajuda financeira que recebeu para se formar e morar em outra cidade.

O MPSP prevê pena máxima para Davi Izaque Martins Silva, que é de 30 anos de prisão.

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