Moraes diz  que “Não há dúvida de que a minuta golpista chegou a Bolsonaro”

BrasíliaAlexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou nesta terça-feira (22) que a chamada “minuta do golpe” foi entregue ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante o julgamento do “núcleo 2” da suposta trama golpista, Moraes afirmou que há “indícios suficientes” para transformar seis aliados de Bolsonaro em réus por tentativa de golpe de Estado.

O magistrado destacou que o documento circulou entre diversos envolvidos até chegar ao então presidente. “Não há dúvida que essa minuta, chamada de minuta de golpe, ela passou de mão em mão, chegando até o presidente da República”, afirmou Moraes.​

Moraes aponta indícios contra aliados de Bolsonaro

Durante a sessão, Moraes ressaltou que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) descreve os crimes dos acusados de forma clara e lógica. Ele também garantiu que os advogados dos membros do “núcleo 2” terão acesso a todos os elementos necessários para a defesa.​

“Há indícios suficientes de autoria para o início da ação penal, quando o contraditório será estabelecido e, a partir do contraditório, se inverte. Todos os fatos imputados deverão ser comprovados pela Procuradoria-Geral da República”, afirmou Moraes.​

Supremo já tornou Bolsonaro e aliados réus

No mês passado, a Primeira Turma do STF já havia tornado Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Alexandre Ramagem, Anderson Torres, Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira e Mauro Cid réus por tentativa de golpe.​


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Agora, o Supremo julga o chamado “núcleo de gerenciamento de ações”, composto por seis aliados de Bolsonaro:​

  • Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal e ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública;
  • Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva e ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro;
  • Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais de Bolsonaro;
  • Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça na gestão de Anderson Torres;
  • Mário Fernandes, ex-número dois da Secretaria-Geral da Presidência, general da reserva e homem de confiança de Bolsonaro;
  • Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal.​

Ministro nega afastamento do julgamento

Moraes também rejeitou pedidos das defesas dos acusados para que ele se afastasse do julgamento. Ele afirmou que “investigado não escolhe o juiz” e que não tomará decisões sobre o plano “Punhal Verde Amarelo”, que previa seu assassinato.​

“A denúncia aqui não se refere à tentativa de homicídio. Obviamente, se houvesse uma denúncia contra tentativa de homicídio contra um ministro do STF, esses fatos seriam apartados e distribuídos para outro ministro do Supremo Tribunal Federal. Aqui não, é atentado contra as instituições democráticas”, acrescentou.

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