Luciano Camargo diz que música gospel o protege do caos ao redor

Segurando uma Bíblia como última pose para o ensaio de fotos, Luciano Camargo fotografou na tarde da última terça-feira (27) em São Paulo, a capa de seu próximo single gospel “Terra Fértil”, previsto para o fim de abril. Após a música, o segundo single “Filho de Manoel”, chega logo depois começando os trabalhos do novo disco.

Apesar de algumas pessoas não saberem deste lado do sertanejo, o cantor anunciou o início do projeto em 2020, época da pandemia do covid-19. “Era uma época de tanto caos, que eu não importava quantas pessoas ouviriam meu louvor, eu só queria que chegasse com verdade”, conta em entrevista para a Billboard Brasil.

A imersão em sua missão louvando trouxe uma nova perspectiva para Luciano não só quando o assunto é música,  mas sim, na hora de enfrentar os barulhos ao seu redor. “Está escrito na Bíblia que teremos aflições, não é como você não ouvisse tudo que está ao seu redor, e o que eu aprendi nesses últimos anos é que agora eu sei que tenho a paz e as ferramentas para enfrentá-las. Eu acabo nem tocando nesses assuntos [nas músicas], porque você pode estar vivendo um caos, mas eu não vou dar mais importância do que isso merece”, garante.

Quatro anos após a novidade, e o lançamento do projeto “A Ti Entrego”, em 2021, sua perspectiva é outra. “Eu quero que a palavra de Deus através da minha voz chegue ao máximo de pessoas. E, para isso acontecer, eu tenho que encarar isso como um trabalho”, diz.

“Antes, eu cantava louvores, mas isso é diferente de louvar quando se está cantando, como faço agora. Desde que eu me converti e fiz o primeiro projeto, eu sabia que iria continuá-lo. Mas eu já tinha o meu trabalho, que é o que eu faço ao lado do meu irmão [Zezé di Camargo], e além do mais, eu sempre fiz para Jesus, porque o meu dom veio Dele”, Luciano conta.

“Hoje, estou encarando a música gospel com muita dedicação para levar o nível de excelência, tecnologia de ponta, que tenho em cima dos palcos como nos shows ao lado do Zezé. Com isso, também contratei uma equipe maior ainda de produção, assessoria, para me acompanhar nesse momento.”

A retomada e entendimento de sua carreira no gospel como prioridade se deu em meados de julho do ano passado, quando fez um show na abertura da festa beneficente “Arraiana”, em Goiânia. Para a ocasião, ele usou o repertório do especial que realizou para a TV Record em 2020, recheado de clássicos do gospel dos anos 1980 e 1990 que Luciano cantava informalmente.

O programa iria acontecer novamente no fim do ano seguinte, o que não ocorreu. No entanto, a preparação para a segunda edição do show o fez descobrir a música que encabeçaria sua retomada no gênero neste ano, “Terra Fértil”.

“Eu estava de madrugada ouvindo Fabiana Anastácio, uma cantora gospel de louvores pentecostais, que eu adoro. E toda vez que estou escutando louvores, eu gosto de procurar os compositores. E um deles me levou até o perfil do Dener Souza, ali, logo vi um vídeo em que ele cantava trechos do refrão de ‘Terra Fértil’. Eu liguei para ele naquela mesma madrugada, e pedi a música, porque eu me apaixonei. E ele mandou às 6 da manhã no dia seguinte o arquivo e a letra. No dia seguinte, já estava no estúdio fazendo o arranjo”, conta sobre o episódio, que aconteceu em 2021.

“Essa música significa muito para mim porque, mesmo sendo bem-sucedido profissionalmente, eu era uma terra seca, e Jesus me escolheu para ser terra fértil. Ouvindo a música cada vez mais, eu entendo que existem muitas terras secas por aí também, e que precisam ser regadas, receberem uma semente. E Jesus nos ensina a semear.”

Luciano também se inspira em outros semeadores nacionais e internacionais do gospel. “A banda australiana Newboys, no Brasil tem uma lista enorme. Gabi Sampaio, Julia Vitória, Antônia Gomes, Midian Lima, Valesca Mayssa canta demais. O gospel é um gênero muito rico, você consegue ouvir um louvor ao som de reggae, ou até um forrózinho”, afirma.

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