O ex-desembargador Sebastião Coelho anunciou nesta quinta-feira (24) que não representa mais Filipe Martins, ex-assessor internacional do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão veio dois dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), tornando Martins réu por suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado.
Coelho alegou motivos de saúde para sua saída, mas reafirmou a inocência de Martins. Em vídeo divulgado nas redes sociais, afirmou: “Minha expectativa era de que a denúncia contra Filipe Martins fosse rejeitada, que um processo não fosse sequer iniciado. É um absurdo completo”.
Motivos da saída
Sebastião Coelho já havia comunicado à equipe de defesa que deixaria o caso caso a denúncia fosse aceita. Ele mencionou a necessidade de cuidar de assuntos pessoais, incluindo questões de saúde. Apesar de deixar formalmente a defesa, Coelho afirmou que continuará a opinar publicamente sobre o processo e a apoiar Martins.
Atuação polêmica no STF
Durante sua atuação na defesa de Martins, Coelho protagonizou momentos polêmicos. Em março, foi detido por desacato após tentar entrar no plenário do STF sem credenciamento e gritar “arbitrários” contra ministros da Corte. Na sustentação oral feita no início desta semana, comparou Martins a Jesus Cristo, afirmando que o ex-assessor vinha sofrendo uma “crucificação” desde fevereiro de 2024.
Histórico de militância
Desde sua saída do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) em setembro de 2022, Coelho tem mantido forte atuação política. Participou de manifestações em apoio a Bolsonaro e é investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por supostamente ter incentivado atos golpistas ainda durante o exercício da magistratura.
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