Mario Frias defende Cauã Reymond e fala sobre a “perseguição” a homens

O deputado federal Mario Frias se pronunciou publicamente em defesa de Cauã Reymond, envolvido em uma polêmica nos bastidores do remake da novela Vale Tudo, da TV Globo. Em um longo texto publicado em seu perfil no X, antigo Twitter, Frias classificou a repercussão negativa em torno do ator como parte de uma “cruzada ideológica contra a masculinidade no Brasil”.

Segundo o parlamentar, Cauã estaria sendo alvo de linchamento moral por demonstrar “firmeza, clareza e autoridade” no ambiente de trabalho. Ele criticou o que chamou de “patrulha ideológica” e fez uma associação direta entre a situação atual de Reymond e a do ator Zé Mayer, acusado de assédio em 2017, caso que Frias rotulou como uma “armação”.

No texto, o deputado afirmou que homens que exercem sua masculinidade de forma íntegra estariam sendo “sistematicamente destruídos” e apontou um suposto esforço social para deslegitimar figuras masculinas tradicionais. “A nova moral de plástico quer um homem submisso, silencioso e culpado por sua força”, declarou.

Relembre

A declaração foi publicada em meio às tensões envolvendo os bastidores de Vale Tudo, em produção nos Estúdios Globo. A atriz Bella Campos teria se posicionado contra atitudes consideradas inapropriadas de Cauã Reymond, o que mobilizou outros integrantes do elenco e gerou um clima de instabilidade nos corredores da emissora.

De acordo com a revista Veja, colegas de elenco consideram a postura de Reymond misógina, e há relatos de que um grupo de atores discute a possibilidade de divulgar um manifesto em apoio à atriz. A proposta, revelada pelo colunista Robson Bonin, seria assinada por membros do elenco masculino como um gesto de solidariedade e crítica a condutas que consideram inadequadas.

Além disso, uma apuração do jornalista Gabriel Perline, do Splash, aponta que a produção enfrenta problemas estruturais, como a falta de autonomia da direção e interferências constantes de parte do elenco, entre eles Cauã Reymond. A TV Globo, no entanto, nega qualquer crise e reforça a confiança no diretor Paulo Silvestrini.

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Bella Campos e Taís Araujo nos bastidores de gravação de Vale Tudo

Leila (Carolina Dieckmann) em Vale Tudo
Marco Aurélio (Alexandre Nero)
Cauã Reymond e Bella Campos
Solange (Alice Wegmann) e Afonso (Humberto Carrão) em Vale Tudo
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Reprodução.

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Bella Campos e Taís Araujo nos bastidores de gravação de Vale Tudo

Globo/ Fábio Rocha

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Leila (Carolina Dieckmann) em Vale Tudo

Globo/ Fábio Rocha

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Marco Aurélio (Alexandre Nero)

Foto: Globo/Divulgação

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Cauã Reymond e Bella Campos

Fábio Rocha/Globo

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Solange (Alice Wegmann) e Afonso (Humberto Carrão) em Vale Tudo

Globo/ Manoella Mello

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Maria de Fátima (Bella Campos) em Vale Tudo

Globo/ Fábio Rocha

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Maria de Fátima (Bella Campos) e César (Cauã Reymond) em Vale Tudo

Globo/ Fábio Rocha

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Bella Campos e Taís Araujo dão vida à Maria de Fátima e Raquel

Foto: Globo/Dovulgação


Entenda a confusão

  • O clima azedou nos bastidores de Vale Tudo após um desentendimento entre Bella Campos e Cauã Reymond.
  • Cauã teria feito críticas à atuação da colega e levado suas insatisfações à direção da novela.
  • Bella, por sua vez, teria formalizado uma queixa contra o ator, apontando comportamentos inadequados.
  • A atriz teria classificado Cauã como “debochado”, “displicente”, “agressivo”, “machista” e “mau colega”.
  • Pouco depois, veio à tona uma suposta briga entre Cauã Reymond e Humberto Carrão.
  • Segundo a Veja, Cauã teria se irritado com o jeito afetivo de Carrão, chegou a dizer “não toca em mim” e quase partiu para a agressão.

Confira o texto publicado por Mario Frias na íntegra

“O caso envolvendo Cauã Reymond é mais do que uma polêmica de bastidores: é um retrato fiel da cruzada ideológica contra a masculinidade no Brasil. Um ator reconhecido, experiente, pai de família, defensor de valores sólidos — agora transformado em alvo por exercer justamente aquilo que se espera de um homem: firmeza, clareza e autoridade.”

“Acusado de “machismo” por colegas de elenco, o ator viu seu nome arrastado por manchetes e linchamentos digitais, sem que houvesse qualquer julgamento justo ou espaço para defesa. A emissora, em vez de proteger sua equipe contra campanhas de difamação e espetáculos ideológicos, se acovarda e age como braço auxiliar de um novo código moral onde ser homem já é, por si só, um crime.”

“E essa história não é inédita. O Brasil já testemunhou o caso de outro grande ator da dramaturgia nacional, Zé Mayer, que foi acusado de assédio em uma denúncia posteriormente desmascarada como uma armação — uma encenação cuidadosamente montada para atender à narrativa do feminismo radical. Anos se passaram, a verdade veio à tona, mas sua carreira nunca mais se reergueu.”

“Foi cancelado, difamado e sepultado artisticamente por uma patrulha ideológica que nunca prestou contas dos seus erros.
Há um padrão: homens que exercem sua natureza com dignidade — defendendo suas famílias, protegendo os seus, exigindo respeito — estão sendo sistematicamente destruídos. Não importa o mérito, a verdade ou a justiça. Importa apenas alimentar uma engrenagem que premia a fraqueza emocional, a vitimização constante e a inversão de papéis.”

“Essa guerra cultural não busca equilíbrio entre os sexos, mas sim a anulação do papel masculino. A nova moral de plástico quer um homem submisso, silencioso, culpado por sua força, e que peça desculpas por existir. A missão é clara: desfigurar a identidade do homem até que ele se torne irrelevante — e, com ele, a família, a autoridade paterna e os valores que sustentam a sociedade.”

“O silêncio diante disso é cumplicidade. Cada homem cancelado por ser homem, cada reputação destruída por firmeza, cada pai de família transformado em vilão por cumprir seu papel, é um alerta: ou resistimos, ou seremos todos apagados em nome da nova ordem da fragilidade.”

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