Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, conhecida como Débora do Batom, a 14 anos de prisão por sua participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A sentença foi proposta pelo ministro Alexandre de Moraes e acompanhada por Flávio Dino e Cármen Lúcia.
Débora ficou conhecida por pichar com batom a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça em frente ao STF. Ela foi condenada por cinco crimes, incluindo golpe de Estado e deterioração de patrimônio tombado.
Condenação e penas aplicadas
O STF determinou as seguintes penas para Débora Rodrigues dos Santos:
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito: 4 anos e 6 meses
- Golpe de Estado: 5 anos
- Dano qualificado: 1 ano e 6 meses
- Deterioração de patrimônio tombado: 1 ano e 6 meses
- Associação criminosa armada: 1 ano e 6 meses
A soma das penas totaliza 14 anos de prisão. Os ministros Luiz Fux e Cristiano Zanin também votaram pela condenação, mas sugeriram penas menores: 11 anos e 1 ano e 6 meses, respectivamente.
Situação atual de Débora
Após dois anos de prisão preventiva, Débora Rodrigues dos Santos cumpre atualmente prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Ela está proibida de conceder entrevistas, utilizar redes sociais ou manter contato com outros investigados.
Seu marido, Nilton Cesar dos Santos, relatou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que a família não recebe apoio externo:
“A única ajuda que temos é da família. As crianças voltaram a sorrir, mas não está sendo fácil. Não temos apoio psicológico.”
Nova figura do bolsonarismo
Com a condenação de Débora do Batom, o movimento bolsonarista passou a promover Eliene Amorim de Jesus, manicure de 28 anos, como novo símbolo da campanha pela anistia dos presos do 8 de janeiro. Eliene está detida no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), desde março de 2023, por envolvimento nos atos golpistas.
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