Homem só goza com boquete se estiver apaixonado? Entenda polêmica

Viralizou no X (antigo Twitter) uma publicação com uma afirmação polêmica: homens só gozam com boquete se estiverem apaixonados. Rapidamente surgiram diversas opiniões sobre o assunto. Há quem reforce a ideia, quem afirme que homem que não goza com boquete é porque nunca recebeu um de outro homem, entre outras teorias.

Para o bissexual Davi*, 29 anos, não é verdade a parte sobre estar apaixonado, mas ele concorda com o fato de que homens fazem boquete melhor do que mulheres. “Pode ser pelo fato de que, por também receberem boquetes, eles saibam melhor o que agrada. Mas eu só gozei duas vezes na vida com boquete, e as duas foram com homens”, afirma.

Já Guilherme*, 36*, não acredita que seja impossível chegar ao orgasmo com um boquete, mas também não acha que seja o melhor dos estímulos para isso. “Pelo menos para mim, não é o que mais agrada, mas também não acho que seja ruim”, opina.

Mas, afinal, é mito ou verdade que homens só gozam no boquete se estiverem apaixonados? Segundo o terapeuta sexual André Almeida, trata-se de um mito, assim como vários outros que surgem sobre sexo.

“Infelizmente essas ‘certezas’ são crenças individuais que pessoas compartilham e, de alguma forma, viralizam. O orgasmo pode ser atingido com todo e qualquer estímulo, e o oral pode sim ser um meio de chegar a ele, gerando para algumas pessoas um prazer maior que uma masturbação, por exemplo”, explica.


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Paixão melhora o boquete?

Apesar de não ser uma regra que gozar no boquete esteja necessariamente ligado ao “apaixonamento”, o fato é que, biologicamente, existe sim uma sobreposição do orgasmo com a paixão.

“Quando falamos do ‘apaixonamento’ em si, falamos de diversos hormônios e neurotransmissores liberados que facilitam essa ligação entre as pessoas, como a ocitocina. É um hormônio presente na paixão que, no momento do orgasmo, aumenta muito. Então pode-se dizer que existe uma influência, mas ainda assim vai depender do estímulo”, garante.

Ou seja, por mais apaixonada que a pessoa esteja, se ocorrer um estímulo que não seja bom para ela, não será o suficiente para levá-la ao orgasmo. André ressalta que, em geral, nada relacionado à sexualidade pode ser generalizado.

“É muito subjetivo. A variedade de formas como as pessoas vivenciam a sexualidade é tão diversa quanto a quantidade de pessoas que existem no mundo. Cada indivíduo experiencia o sexo e o prazer de uma forma muito específica”, finaliza.

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