Na última terça-feira (29), as últimas descobertas feitas por Juno, sonda da NASA que orbita Júpiter, foram apresentadas na Assembleia Geral da União Europeia de Geociências, em Viena, na Áustria. Os cientistas descobriram que a quarta maior lua de Júpiter, Io, é formada por magma, e que o polo norte do gigante gasoso é composto por ciclones — alguns deles com mais de 3 mil quilômetros de diâmetro.
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Juno foi lançada em 2011 e chegou em Júpiter há quase uma década, em 5 de julho de 2016. Um problema em seu propulsor fez que a sonda ficasse presa em uma órbita polar que a aproxima do planeta joviano e de suas luas a cada 53 dias, e foi assim que novas descobertas sobre a atmosfera do gigante gasoso foram feitas. A seguir, confira mais detalhes.
Ciclones no polo norte
O polo norte de Júpiter é formado por uma neblina estratosférica 11 graus mais fria que seus arredores. Abaixo dessa neblina, existem pelo menos nove ciclones. Dados capturados pela JunoCam, um gerador de imagens de luz visível, e pelo JIRAM, sensor de imagens em infravermelho a bordo da sonda, permitiram que os cientistas observassem o movimento desses fenômenos, cujos ventos podem atingir velocidades superiores a 160 km/h.
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No centro da região polar norte do gigante gasoso, há um ciclone central que tem pelo menos 3 mil km de diâmetro — superando qualquer fenômeno parecido que já tenha ocorrido na Terra. Ao redor dele, existem mais oito ciclones menores. À medida que eles se deslocam em direção ao polo, colidem uns com os outros como “carrinhos bate-bate”.
Ação vulcânica em Io
Os cientistas também descobriram evidência de fluxos de lava abaixo da superfície resfriada de Io. Isso pode ajudá-los a compreender melhor como a crosta superficial da lua se renova e como a lava quente se move em seu interior até chegar à superfície.
Observando os dados, que foram obtidos através do JIRAM, os cientistas também determinaram que a erupção mais enérgica de Io, identificada em dezembro de 2024, ainda expelia lava em março. Eles acreditam que ela ainda continua ativa — fato que poderão observar novamente em 6 de maio de 2025, quando a sonda sobrevoará Io novamente.
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