O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou a rede Truth Social para afirmar que ampliará as represálias financeiras à Universidade de Harvard. O governo já havia congelado US$ 2,2 bilhões de um fundo de recursos para a instituição, como retaliação à universidade por ela se recusar a acabar com os programas de diversidade, equidade e inclusão. Nesta sexta-feira (2/5), Trump avisou que Harvard não terá mais isenção fiscal e voltará a pagar impostos.
“Vamos tirar o status de isenção fiscal de Harvard. É o que eles merecem”, escreveu Trump.
Na semana passada, o presidente norte-americano afirmou que Harvard representa uma ameaça à democracia dos EUA e acusou a universidade de ser antissemita, por ter sido palco de protestos pró-Palestina relativos à guerra em Gaza.
Entenda o caso
No dia 15 de abril, o presidente dos EUA já havia ameaçado encerrar a insenção fiscal da universidade.
“Talvez Harvard devesse perder seu status de isenção fiscal e ser taxada como uma entidade política se continuar promovendo a ‘doença’ inspirada em política, ideologia e terrorismo? Lembre-se, o status de isenção fiscal depende totalmente de agir no interesse púbico”, escreveu Trump.
Alan Garber, presidente da universidade, reafirmou o posicionamento de resistência a Trump, mesmo após as restrições orçamentárias.
“Harvard não renunciará à sua independência nem aos seus direitos constitucionais”, reforçou Garber. Ele ainda destacou que o bloqueio orçamentário vai “interromper pesquisas que salvam vidas”.
A disputa de poder entre Trump e Harvard remonta ao primeiro mandato do republicano. Desde então, a instituição rejeitou demandas de Trump, mesmo sob ameaça de bloqueios orçamentários.
O presidente de Harvard defende que a instituição deva fornecer um “ambiente acolhedor”, ainda que lute contra o antissemitismo.
Há 15 dias, Trump fez um ataque direto à universidade. “Harvard não conseguiu cumprir as condições de direitos intelectuais e civis que justificam o investimento federal”, alegou o republicano.