Após o treino, o corpo entra em um processo intenso de recuperação. As fibras musculares lesionadas durante o exercício precisam ser reconstruídas, e é justamente aí que entra a importância das proteínas. Mas qual é a melhor fonte: animal ou vegetal?
De acordo com o nutricionista Clayton Camargos, ambos os tipos podem ser eficazes, desde que bem escolhidos e combinados. “As proteínas de origem animal — como ovos, carnes, leite e derivados — têm um perfil completo de aminoácidos essenciais e são altamente digestíveis. Isso as torna ideais para o pós-treino”, explica.
Mas isso não significa que as proteínas vegetais fiquem atrás. Lentilhas, grão-de-bico, ervilha, tofu e proteína texturizada de soja são boas fontes, especialmente quando consumidas em combinações inteligentes. “Pratos clássicos como arroz com feijão mostram como é possível unir leguminosas e cereais para obter todos os aminoácidos necessários à regeneração muscular”, diz Clayton.
Além da alimentação, a suplementação pode ser uma aliada. Os blends de proteína vegetal — que combinam ervilha, arroz e grão-de-bico — já oferecem perfis completos e alta biodisponibilidade, comparáveis ao whey protein.
A janela ideal para consumir proteína, segundo o especialista, é até uma hora após o treino. “Esse é o momento em que os músculos estão mais receptivos à absorção de nutrientes. Uma boa ingestão de proteína, combinada com carboidratos, acelera a recuperação, melhora a composição corporal e reduz o risco de lesões.”
Confira algumas sugestões práticas de alimentos para incluir no pós-treino:
Origem animal:
- Ovos cozidos
- Peito de frango grelhado
- Filé de peixe (como tilápia ou salmão)
- Iogurte natural proteico
- Queijo cottage ou ricota
- Whey protein
Origem vegetal:
- Tofu grelhado
- Homus com pão integral
- Shake com proteína vegetal e banana
- Arroz integral com lentilhas
- Proteína de soja com vegetais
A recomendação média para o consumo pós-treino é de 0,25 a 0,4 g de proteína por quilo de peso corporal — o que equivale a cerca de 20 a 40 g de proteína para a maioria das pessoas adultas.
“O mais importante é que a alimentação seja equilibrada, variada e pensada para o seu objetivo. Tanto quem consome carne quanto vegetarianos e veganos conseguem resultados excelentes com planejamento adequado”, conclui o nutricionista.