Dia das Mães: vendas devem movimentar mais de R$ 14 bilhões em 2025

 

A expectativa para o comércio brasileiro no Dia das Mães deste ano é de uma movimentação financeira de R$ 14,37 bilhões, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O valor representa um crescimento de 1,9% em relação ao ano passado, desempenho considerado modesto diante da importância da data, que é a segunda mais relevante do varejo nacional, ficando atrás apenas do Natal. O cenário, segundo a CNC, reflete o encarecimento do crédito e o impacto da inflação, que tem pressionado o orçamento das famílias.

O segmento de vestuário, calçados e acessórios deve liderar a preferência dos consumidores, com um faturamento previsto de R$ 5,63 bilhões – alta de 6,2% em comparação com 2024. Em seguida, aparecem as farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos, com estimativa de R$ 3,02 bilhões em vendas. Também se destacam as lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos, que devem alcançar R$ 1,85 bilhão. Já setores como móveis, eletrodomésticos e artigos de informática, mais dependentes de crédito, devem registrar retração, com quedas de até 6%.

A taxa média de juros para pessoas físicas, atualmente em 56,3% ao ano, é a maior desde agosto de 2023, o que desestimula compras financiadas. Além disso, a inflação específica da cesta de consumo típica do Dia das Mães deve crescer 5,8% neste ano, mais do que o dobro da registrada em 2024. Entre os produtos com maior aumento de preços estão joias, com alta de 33,7%, chocolates, com 21,5%, e perfumes, com 9,8%. Já eletrodomésticos como fogões e geladeiras devem apresentar quedas de até 2,8% nos preços.

Em termos regionais, o Estado de São Paulo deve liderar em volume de vendas, com faturamento estimado em R$ 4,77 bilhões. Minas Gerais aparece em segundo lugar, com projeção de R$ 1,79 bilhão, seguido pelo Rio de Janeiro, com R$ 1,59 bilhão. Juntos, os três estados devem concentrar mais da metade do volume total de vendas do país. Outras unidades da federação que devem apresentar desempenho acima da média nacional são Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal, impulsionados por maior dinamismo econômico local.

A data também deve impulsionar o mercado de trabalho temporário, com a criação estimada de 30 mil vagas. Embora o número represente um leve crescimento em relação aos cerca de 28 mil postos criados no ano passado, a taxa de efetivação dos trabalhadores contratados deve recuar de 29% para 20%, indicando maior cautela por parte dos empregadores quanto à incorporação de mão de obra após o período.

Fonte: Portal Impactto

 

 

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