Brasília – O deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) teve seu mandato suspenso por três meses pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (6). A decisão ocorreu após o parlamentar proferir ofensas misóginas contra a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, durante uma reunião da Comissão de Segurança Pública.
Por 15 votos a 4, o conselho aprovou o parecer do relator Ricardo Maia (MDB-BA), que considerou as declarações de Gilvan como quebra de decoro parlamentar. Inicialmente, a Mesa Diretora havia solicitado uma suspensão de seis meses, mas o período foi reduzido pela metade após negociações internas.
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Ofensas durante sessão da comissão
Em 29 de abril, durante uma sessão da Comissão de Segurança Pública, Gilvan se referiu a Gleisi como “amante” e “prostituta do caramba”, baseando-se em planilhas da Odebrecht já arquivadas pela Justiça em 2023. O deputado também confrontou o colega Lindbergh Farias (PT-RJ), chamando-o de “desqualificado”.
Defesa e justificativas
Durante a sessão do conselho, Gilvan alegou que suas falas não foram direcionadas diretamente a Gleisi e que apenas mencionou apelidos presentes em documentos da Lava Jato. Ele afirmou: “Em nenhum momento eu qualifico quem é montanha, quem é lindinho e quem é amante”. Apesar disso, o relator considerou que as manifestações ultrapassaram os limites da liberdade de expressão parlamentar.
Consequências da suspensão
A suspensão de três meses implica na perda de salário, cota parlamentar e verbas de gabinete para Gilvan. Seus assessores também serão desligados durante esse período. Como a punição é inferior a 120 dias, não haverá substituição por suplente. Gilvan decidiu não recorrer da decisão no plenário da Câmara.
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