Com a crescente digitalização das operações empresariais, os riscos cibernéticos vêm ganhando novas proporções e exigindo atenção redobrada das organizações. Embora a tecnologia traga benefícios significativos para a eficiência e a conectividade, também amplia a superfície de exposição a ameaças virtuais, como sequestros de dados e fraudes digitais.
Um dos principais pontos de preocupação está no uso da Inteligência Artificial para potencializar ataques. Ferramentas baseadas em IA têm sido utilizadas para criar conteúdos falsos com alta taxa de realismo, como páginas falsas de bancos e e-mails de phishing, dificultando a identificação por parte das vítimas. Segundo levantamento da Kaspersky, houve um aumento de 40% nas tentativas de phishing em 2023, com mais de 709 milhões de tentativas bloqueadas globalmente.
O ransomware, outro tipo de ameaça em expansão, consiste no sequestro de informações com exigência de pagamento para liberação dos dados. Empresas de grande porte têm sido alvos frequentes, o que evidencia a necessidade de investimentos contínuos em segurança da informação. A prática afeta diretamente a operação das companhias e pode comprometer a confiança de consumidores e parceiros. Estimativas da Cybersecurity Ventures apontam que os prejuízos causados por ransomware devem ultrapassar US$ 265 bilhões anuais até 2031.
As deepfakes, por sua vez, têm levantado discussões entre especialistas por sua capacidade de manipular imagens e áudios com extrema precisão. Esse tipo de conteúdo, que pode replicar vozes e rostos humanos, dificulta a verificação de autenticidade de vídeos e declarações públicas, sendo também um instrumento de disseminação de informações falsas. A ausência de regulamentações específicas em muitos países contribui para a dificuldade de responsabilização judicial nesses casos.
Ainda entre as ameaças recorrentes, o roubo de senhas continua sendo uma vulnerabilidade relevante. Técnicas de engenharia social, senhas fracas e a reutilização de credenciais entre plataformas aumentam os riscos de acesso indevido. Especialistas recomendam o uso de autenticação em dois fatores e a criação de senhas complexas e únicas para cada serviço.
Além disso, o roubo de dados financeiros, especialmente de cartões de crédito, permanece entre os golpes mais comuns. Além das credenciais bancárias, criminosos buscam informações como CPF, data de nascimento e endereços para realizar transações não autorizadas. De acordo com dados da Kaspersky Security Bulletin 2023, mais de 325 mil usuários foram vítimas de malwares financeiros no período entre novembro de 2022 e outubro de 2023.
Diante deste cenário, empresas e usuários devem reforçar práticas de cibersegurança, como a atualização regular de sistemas, a utilização de antivírus confiáveis e a realização de backups periódicos. A conscientização sobre as ameaças digitais e a adoção de medidas preventivas têm se mostrado essenciais para a mitigação de riscos no ambiente digital.
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