São Paulo – A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) definiu o novo Conselho de Ética com apenas uma mulher entre os nove membros: a deputada Paula Nunes (Psol).
O grupo vai analisar o processo contra o deputado Lucas Bove (PL), acusado de violência doméstica por sua ex, a influenciadora Cíntia Chagas.
Formação tem maioria masculina
O novo Conselho de Ética da Alesp será responsável por analisar denúncias contra parlamentares no biênio. Mas, entre os escolhidos, só há uma mulher: Paula Nunes, da Bancada Feminista do Psol.
A formação anterior contava com duas deputadas: Ediane Maria (Psol) e Marta Costa (PSD). Agora, o grupo inclui os seguintes nomes:
- Carlos Cezar (PL)
- Emídio de Souza (PT)
- Carlão Pignatari (PSDB)
- Altair Moraes (Republicanos)
- Rafael Saraiva (União)
- Dr. Eduardo Nóbrega (Podemos)
- Oséias de Madureira (PSD)
- Delegado Olim (PP)
Acusação contra Bove segue parada
O caso envolvendo Lucas Bove (PL) deve ser um dos primeiros na fila. Ele foi denunciado pela ex-namorada, a influenciadora Cíntia Chagas, em outubro de 2024, por agressões físicas e psicológicas.
A denúncia foi protocolada no Conselho de Ética pela federação PT/PcdoB/Rede, mas desde então o colegiado não conseguiu realizar uma única reunião. Foram seis tentativas frustradas por falta de quórum, a última em 11 de fevereiro de 2025.
Deputada cobra seriedade da Alesp
A única mulher do conselho, Paula Nunes, criticou a lentidão no processo:
“Sou a única parlamentar mulher em uma comissão que vai analisar um caso de violência doméstica. O presidente anterior colocou o processo em sigilo, e tudo está parado. A Alesp precisa tratar com seriedade denúncias contra seus próprios deputados.”
Outro caso no radar do conselho
Além de Bove, o deputado Rafael Saraiva (União) também está envolvido em um caso de violência. Ele foi condenado a pagar R$ 15 mil por agredir uma mulher negra durante uma ação para resgatar cães, em dezembro de 2023.
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