O governo da Venezuela disse que os opositores de Nicolás Maduro, refugiados na embaixada da Argentina há mais de 400 dias, foram retirados do país pelos Estados Unidos após um “acordo”. A informação foi divulgada pelo ministro das Relações Interiores, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, na quarta-feira (7/5).
“Conversamos com quem precisávamos falar e o acordo foi cumprido”, revelou Cabello durante o programa televisivo Con el Mazo Dando.
Apesar da alegação, o ministro de Maduro não deu maiores detalhes sobre o possível acordo entre Caracas e Washington acerca da retirada dos asilados na representação diplomática argentina.
Anteriormente, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, havia anunciado a retirada como uma “operação precisa” de resgante, dando a entender que a ação teria acontecido de forma unilateral.
Desde agosto de 2024, a embaixada da Argentina em Caracas estava sob proteção e administração do governo brasileiro. Isso após o regime Maduro romper laços diplomáticos com Buenos Aires, depois que a administração de Javier Milei contestar o resultado das eleições presidenciais no país.
Por meio de nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro confirmou a saída dos opositores de Maduro da representação diplomática. No entanto, não ficou claro se o Brasil participou da operação de alguma forma.