Pequim – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou à China neste sábado (10) para uma nova rodada de acordos com o presidente Xi Jinping, focando em projetos ligados à Nova Rota da Seda e ao Novo PAC.
O encontro marca a terceira reunião entre os dois líderes desde o início do atual governo e busca reforçar a relação estratégica entre os países em meio às tensões com os Estados Unidos, liderados por Donald Trump.
Viagem com foco em infraestrutura
Lula desembarcou com a primeira-dama Janja da Silva em Pequim para ampliar os acordos bilaterais. No centro da pauta, estão os investimentos chineses em projetos de infraestrutura, saúde e energia, conectando a Belt and Road Initiative com o Novo PAC.
O presidente destacou nas redes sociais que a missão visa fortalecer os laços com o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. “É mais um grande passo na relação de amizade e proximidade estratégica com a China”, escreveu.
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Missão empresarial de peso
A comitiva brasileira conta com nomes de peso da indústria e do setor público. Estão presentes empresas como:
- Eurofarma
- Suzano
- Vale
- Raízen
- BYD
- GWM
- Ambipar
- Weg
- BRF Marfrig
- Alibem
- China Merchants Port Group
- State Grid
- Bayer Brasil
- COFCO
- Luckin Coffee
- China Meat Association
- Embrapa
- BNDES
- Unem
- Santa Felicidade
Participação ministerial
O fórum empresarial e os painéis políticos terão a participação dos ministros brasileiros:
- Simone Tebet (Planejamento e Orçamento)
- Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária)
- Alexandre Silveira (Minas e Energia)
- Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos)
Também estarão presentes:
- Gabriel Galípolo (Banco Central)
- Tarciana Medeiros (Banco do Brasil)
- Jorge Viana (Apex Brasil)
Contexto de guerra comercial
A aproximação com a China acontece em um momento de afastamento com os Estados Unidos, especialmente após os embates comerciais provocados por Donald Trump.
Apesar da crise global, o Brasil vê nesse cenário uma chance de abrir novos fluxos comerciais com a China. Além disso, Lula e Xi pretendem reforçar o multilateralismo, linha que ambos defendem dentro do Brics.
Acordos em andamento
Até a última semana, 16 protocolos já haviam sido fechados, e outros 32 estão em negociação. A expectativa é de que muitos sejam assinados durante a visita.
Os projetos envolvem tanto o setor privado quanto iniciativas públicas, sempre com foco no Novo PAC e na Nova Rota da Seda. Apesar da aproximação com Pequim, Lula reforça que o Brasil busca uma postura equilibrada e independente, sem alinhamento automático a nenhuma potência.
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