Durante a sessão de abertura do IV Fórum Celac-China, em Pequim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a participação do país asiático em projetos de desenvolvimento, sobretudo na área de infraestrutura, na América Latina e Caribe. O chefe do Planalto ressaltou a necessidade de cooperação entre as regiões para impulsionar o crescimento.
“Só, com maior articulação entre nós, conseguiremos aproveitar ao máximo o potencial de cooperação sino-latino-americana e caribenha”, defendeu Lula.
“Isso fica evidente sobretudo na área de infraestrutura. O apoio chinês é decisivo para tirar do papel rodovias, ferrovias, portos e linhas de transmissão. Mas a viabilidade econômica desses projetos depende da capacidade de coordenação de nossos países para conferir a essas iniciativas escala regional”, completou.
A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) é um bloco composto por 33 países, que busca promover a integração regional. Também participaram do fórum os presidentes do Chile, Gabriel Boric, e da Colômbia, Gustavo Petro, além do líder chinês Xi Jinping.
Ao longo do discurso, Lula também falou em “reduzir assimetrias” comerciais e políticas entre países, em meio ao aumento de tarifas imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Sempre existiram distorções no comércio internacional, especialmente no intercâmbio de produtos agrícolas, cujo tratamento nunca avançou de forma satisfatória na OMC. A imposição de tarifas arbitrárias só agrava essa situação. Para construir um futuro compartilhado, é necessário reduzir as assimetrias entre os países”, reforçou.
