Os governos do Brasil e China assinaram ao menos 20 acordos de cooperação, nesta terça-feira (13/5), último dia de compromissos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no país asiático. Os documentos englobam parcerias em áreas como infraestrutura, meio ambiente, agricultura e comércio, entre outros.
Um dos atos assinados diz respeito à cooperação no âmbito do Novo PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] e à iniciativa Cinturão e Rota — estratégia de desenvolvimento do governo chinês que prevê a expansão de investimentos em países estrangeiros. O projeto ficou conhecido como a nova rota da seda.
Após reunião com o presidente Xi Jinping, Lula comemorou as parcerias firmadas nesta terça. “Os quase 30 atos que assinamos hoje comprovam o dinamismo que o presidente Xi e eu temos imprimido ao relacionamento bilateral. Não é exagero dizer que, apesar dos mais de quinze mil quilômetros que nos separam, nunca estivemos tão próximos”, frisou.
No campo do comércio e finanças, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, assinou um memorando de entedimento sobre a cooperação estratégica no campo financeiro e um acordo sobre troca de moedas locais. O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, firmou parceria com o Conselho Chinês para a promoção do comércio internacional.
Já no âmbito do meio ambiente, os países assinaram um memorando para fortalecer a cooperação em projetos de restauração de vegetação e dos semidouros de carbono.
O documento foi assinado pela ministra Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e pelo presidente da Administração Nacional de Florestas e Pastagens da China (NFGA), Liu Guohon.
IA e agricultura
Também foram assinados documentos relativos à cooperação em inteligência artificial e agricultura, compartilhamento de dados espaciais e medidas de segurança para exportação de carnes de aves do Brasil para a China.