Brasília – Virgínia Fonseca foi de influenciadora a estrela em ascensão da política do entretenimento. Após seu depoimento na CPI das Apostas, a conta de Instagram da digital influencer teve um boom de 235 mil seguidores em apenas um dia. Pois é, nada como estar no lugar certo, na hora certa, ou no caso, na CPI certa. Com isso, a menina dos stories virou a sensação do momento, mas não, não foi por suas brilhantes contribuições políticas. Isso é Brasil, gente.
Antes de sua participação, Virgínia já contava com 53,17 milhões de seguidores, um número que até então parecia impressionante (mas já tão comum entre as musas do Instagram). Após o depoimento, o número disparou para 53,41 milhões, como se fosse possível conseguir 235 mil novos fãs só com a “sabedoria” acumulada de um reality show político. O crescimento é o maior registrado em 2025 e o quinto maior da carreira da influenciadora — só perdendo para os “momentos mágicos” dos nascimentos de seus filhos com o cantor Zé Felipe. Prioridades, né?
CPI das Apostas: o circo das redes sociais
O que é realmente impressionante é que Virgínia Fonseca não estava ali para contribuir com a política nacional ou trazer uma visão esclarecedora sobre as apostas ilegais. Ela estava lá para ocupar um espaço que outros, como Sérgio Moro e Arthur Lira, estavam tentando garantir para os maiores lobistas do país. E, claro, para gerar aquele engajamento vazio.
Segundo a consultoria Arquimedes, o “impacto nas redes sociais foi impressionante”. É claro, ninguém resiste ao brilho de uma influência digital que se mete em uma CPI, né? A combinação de um drama político com doses de desinformação resulta nesse tipo de espetáculo que faz o Brasil perder mais uma chance de ter uma conversa séria sobre corrupção e jogos de azar.
A tendência de “crescimento massivo” entre influenciadores em questões públicas não é nova, mas está longe de ser uma boa notícia para quem quer um país mais transparente e sério. Como se a participação de Virgínia na CPI fosse algo além de uma jogada de marketing. Mas quem se importa com isso quando podemos apenas consumir, curtir e continuar a viver no marasmo?
Do Instagram para a política, ou melhor, para o marketing?
Em tempos de fake news e política de espetáculo, o que mais esperar? Que a próxima CPI seja transmitida com influenciadores digitais como jurados e protagonistas? O modelo de entretenimento está cada vez mais misturado com a política, e os resultados são… bem, os números falam por si mesmos. Virgínia Fonseca não precisa de propostas para ganhar atenção, ela só precisa de um palco e de um microfone.
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