Brasília – A Polícia Federal entregou mais um capítulo do folhetim de corrupção envolvendo o INSS, com Maurício Camisotti e Danilo Trento, figuras já investigadas na CPI da Covid, no centro do esquema que desviou cerca de R$ 6 bilhões em aposentadorias e pensões. O escândalo é só mais um na longa lista de “afazeres” desses empresários, com uma pitada de impunidade que não tem fim.
R$ 6 bilhões desviados, mais um dia normal na corrupção brasileira. O esquema envolvendo o INSS segue dando o que falar, e quem diria, os velhos conhecidos Maurício Camisotti e Danilo Trento estão mais uma vez no epicentro de uma investigação que, aparentemente, nunca acaba. Camisotti, já familiar na CPI da Covid, é acusado de ser um dos beneficiários finais de fraudes envolvendo descontos indevidos de aposentados. Nada de novo para quem já lidou com transações milionárias, como aquelas envolvendo a Precisa Medicamentos, com seus contratos superfaturados de vacina e testes de covid.
A máfia da saúde, agora no INSS. O empresário é apontado como sócio oculto da Ambec, associação que movimentou R$ 178 milhões e teve mais de 2 mil reclamações de vítimas. A Benfix, outra empresa do grupo, se envolveu em um esquema de lavagem de dinheiro digno de filmes de máfia, fazendo com que recursos do INSS fossem desviados sem muita cerimônia.
Mas a cereja do bolo é Danilo Trento. O mesmo Trento que esteve no epicentro do escândalo da Precisa Medicamentos e agora é vinculado diretamente ao esquema do INSS. O cidadão foi filmado em Congonhas, aeroporto de São Paulo, carregando malas e acompanhado de nada menos que um procurador-geral do INSS e um agente da PF. E claro, o tal agente estava com US$ 200 mil em espécie, como quem não quer nada. Tudo isso para garantir que o esquema funcione com “eficiência” – ou seja, a propina rolando sem ser incomodada.
Conclusão, nada muda: A investigação parece mais uma repetição do mesmo filme que já vimos antes: um verdadeiro baile da impunidade, onde os mesmos rostos surgem e as evidências só aumentam, mas as consequências, essas, continuam no limbo. O governo parece continuar a assistir de camarote enquanto o país mergulha cada vez mais fundo em escândalos que envolvem políticos e empresários de alta periculosidade.
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