Cotado para substituir Marcio Macedo (PT) à frente da Secretaria-Geral da Presidência, o deputado Guilherme Boulos (PSol-SP) topa abrir mão da reeleição em 2026 para virar ministro de Lula, de olho, segundo aliados, em sua carreira política.
Interlocutores de Boulos dizem que o psolista só topou ir para o governo Lula agora porque a avaliação é de que ele estaria “no anonimato” e com o “mandato apagado” na Câmara, por causa das eleições municipais de 2024 em São Paulo.
Em 2022, quando se elegeu para a Câmara, Boulos teve mais de um milhão de votos, tornando-se o deputado mais votado no estado. Aliados do psolista preveem, contudo, que ele não alcançaria essa votação em 2026, justamente por causa de sua atuação mais apagada.
Nesse cenário, Boulos tem dito, de acordo com aliados do parlamentar do PSol, que assumir um ministério no governo Lula seria uma estratégia melhor para sua carreira política no momento, mesmo tendo de abrir mão da reeleição em 2026.
Boulos avisa ao PSOL
Como a coluna mostrou, ao longo da semana, Boulos pediu a interlocutores que avisassem integrantes do PSol sobre sua possível nomeação como ministro. Ele contou com a ajuda da advogada Natalia Szermeta, sua esposa, para “medir a temperatura” do partido.