10 videogames mais caros da história

Comprar um videogame nunca foi tarefa fácil, com muitos deles sendo vendidos com preços caros dentro do mercado. Seja no Brasil ou no exterior, o público tem de mexer bastante no bolso para ter um pouco de entretenimento.

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Antes de vender algum órgão ou abrir um crediário, saiba que há alguns consoles e companhias que abusam do consumidor e cobram preços realmente fora da realidade por seus consoles. E é possível definir quais deles têm os valores mais elevados e trazem melhorias honestas e quais são apenas um “golpe”.

Aqui no Canaltech você conhecerá os videogames mais caros da história, seja por trazerem uma tecnologia mais avançada ou por acreditarem que o consumidor pagará qualquer valor para se divertir. A lista consta apenas o preço de seu lançamento e está organizada em forma crescente, com os “menores” preços acima e os maiores no fim da seleção.


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10. SEGA Saturn

Para começar a nossa lista, temos o impressionante SEGA Saturn (para a sua época, claro). Sucedendo o Mega Drive, ele chegou ao mercado com arquitetura de CPUs duplas e suporte a até oito processadores. Isso sem falar com o leitor de disco, antes mesmo da Sony trazer seu PlayStation. 

Porém, o preço de US$ 399 era muito alto quando equiparado aos salários e valores praticados em 1994. Somado ao fato de que o título Sonic X-treme teve seu desenvolvimento cancelado e que o PS1 lançaria meses depois, US$ 100 mais barato e com games que chamavam a atenção do público tanto no Japão quanto nos EUA, é inegável que o caminho dele terminou como uma falha comercial das grandes. 

Imagem do SEGA Saturn
O SEGA Saturn cobrou tão caro que acabou como fracasso comercial (Imagem: Reprodução/SEGA)

9. Xbox 360

Após um bom começo com o primeiro Xbox, a Microsoft chegou ao mercado com o Xbox 360 (muito antes de vermos um PS3 e Nintendo Wii). Com leitor de DVD, suporte para jogos online e até uma loja digital, eles dispararam na frente com o videogame mais “completo” disponível no mercado para o público.

Seu maior problema? O preço de US$ 399, que estava muito acima do que era visto com o PS2 por US$ 299 e ainda detinha um alto índice de popularidade (não é à toa que foi o videogame mais vendido da história). A Microsoft teve de se apoiar em outras estratégias para reduzir o valor e torná-lo mais acessível ao público, o que no fim resultou em um dos videogames mais bem-sucedidos de sua linha. 

Imagem do Xbox 360
O Xbox 360 tinha uma excelente proposta com um péssimo preço (Imagem: Divulgação/Microsoft)

8. Nintendo Switch 2

Membro mais recente desta lista, o Nintendo Switch 2 sequer tinha lançado quando uma grande polêmica atingiu a Big N: o preço do console, que seria de US$ 449 — o mais caro da companhia nos últimos 30 anos. Isso se tornou uma grande discussão, não apenas sobre os valores, mas também de questões sobre a experiência e se o preço compensaria isto em definitivo.

Ainda que a Nintendo não seja uma companhia “boazinha”, o valor ao menos pode ser justificado por alguns fatores: alta nos custos de produção e imposição de tarifas pelo governo dos Estados Unidos são alguns deles, por exemplo. Não é para menos que, posteriormente ao seu anúncio, outras fabricantes também revelaram que seus videogames e jogos sofreram reajustes. 

Imagem do Nintendo Switch 2
O Nintendo Switch 2 chega ao mercado com um preço mais elevado, mas compreensível (Imagem: Divulgação/Nintendo)

7. PlayStation 3

Ainda que o público tivesse achado o preço do Xbox 360 alto demais por US$ 399, ninguém esperava pela facada na carteira que a Sony entregaria com o PlayStation 3. Em seu lançamento, o console era vendido por US$ 499 e impactou negativamente as vendas iniciais — assim como a percepção do público em relação aos valores que seriam cobrados naquela geração.

Ainda que realmente houve um salto entre o PS2 e PS3, o novo videogame demorou para conquistar o público. Isso levou a Sony a tentar outras estratégias, com o lançamento de franquias de renome — como God of War 3, que encerraria a jornada de Kratos e o nascimento de Uncharted — e decisões mais populares, como a permissão para jogar o multiplayer online sem a necessidade de assinatura. 

Imagem do PS3
Se o Xbox 360 era caro, o PS3 conseguiu superar as expectativas (Imagem: Nikita Kostrykin/Unsplash)

6. Xbox One

A Microsoft decidiu replicar sua estratégia de preços mais caros, vista no Xbox 360, com o Xbox One. E o resultado foi uma chuva de reclamações, o que impactou bastante no lançamento do console — claro, junto a outras medidas como as impopulares decisões de atrelar jogos físicos às contas dos usuários e poucos jogos de peso no momento inicial.

Ainda que o valor de US$ 499 seja alto, é importante mencionar que as primeiras versões do console eram obrigatoriamente acompanhadas do Kinect: acessório que permitia a captação de movimentos e áudio para serem utilizados dentro do jogo. Ao ver que não estava reunindo tantos adeptos, depois eles disponibilizaram uma versão mais barata sem o periférico e impulsionou suas vendas. 

Imagem do Xbox One
A Microsoft vendia o Xbox One com o Kinect incluso, o que aumentou seu preço (Imagem: Divulgação/Microsoft)

5. PlayStation 5

O preço de US$ 499 foi muito mal-visto no Xbox 360 e PS3, mas quando a Sony revelou o PlayStation 5 por este valor o público já não se sentiu tão impactado. Levando em consideração a inflação e a paridade entre os valores e salários de cada época, esse foi o primeiro que estava compatível com a tecnologia e com a proposta que a Sony tinha para o mercado.

Além disso, este foi o primeiro videogame da Sony que contou com duas versões do mesmo console: o padrão e uma versão digital, sem o leitor de disco, que servia como uma opção econômica para quem não queria gastar tanto assim com um console de nova geração — o que também auxiliou a distribuir o peso e afastar as reclamações.

Imagem do PS5
O PS5 chegou com duas alternativas ao mercado, não trazendo tantas críticas (Imagem: Triyansh Gill/Unplash)

4. Xbox Series X

A Microsoft também lançou seu videogame de última geração, o Xbox Series X, com o preço de US$ 499 e se equiparou à Sony para trazer o seu videogame de ponta. E, da mesma forma que a concorrência, havia duas opções para o público: o Series X, com este preço “high-end” e o Series S — também digital, sem leitor de disco e com um desempenho reduzido.

A proposta era a mesma, trazer ao público opções para que o preço não fosse um impedimento para dar um salto à nova geração. Isso ajudou a companhia a popularizar ambas as versões, junto a serviços como o Xbox Game Pass e também grandes lançamentos como Halo Infinite. Ainda que suas vendas não sejam tão elevadas quanto às do PS5, ao menos trouxeram algo que pesasse menos no bolso do consumidor. 

Imagem do Xbox Series X
O Xbox Series X não chegou tão barato, mas era um preço compatível para o mercado (Imagem: Divulgação/Microsoft)

3. Neo Geo

Partindo para o nosso top 3, temos aqui um videogame que gerou uma grande polêmica. O Neo Geo foi lançado em 1990 pela SNK, para disputar espaço com o SNES e com o Mega Drive. Porém, ele tinha um pequeno probleminha: o preço bem azedo de US$ 649 — um valor altíssimo para jogar títulos como The King of Fighters, Fatal Fury e Metal Slug.

Na defesa da SNK, ele era vendido como um videogame de luxo e havia poucas unidades disponíveis para a compra na época. No entanto, não é de se estranhar que eles tenham decidido não se aventurar mais nesta empreitada, levando em consideração que as ideias estavam muito desalinhadas para a sua época (alguns anos depois, veio o PS1 por US$ 299). 

Imagem do Neo Geo
O Neo Geo era considerado “premium”, mas era até demais (Imagem: Reprodução/SNK)

2. 3DO Interactive Multiplayer

O 3DO Interactive Multiplayer foi criado pelo fundador da Electronic Arts em 1993 e tinha um preço muito salgado: US$ 699. A proposta era trazer um videogame multimídia, mas é inegável que a sua proposta foi completamente engolida por outros videogames como o PlayStation e, mais adiante, o Nintendo 64. 

É importante mencionar que a companhia 3DO não fabricava seus próprios videogames, o que trazia custos ainda mais elevados. Enquanto Sony, SEGA e a Nintendo tinham produção própria de seus consoles, a 3DO contava com a parceria da Panasonic, Goldstar e outras — o que gerava valores maiores de produção e, consequentemente, um preço mais caro ao público. Sua produção foi descontinuada em 1996.

Imagem do 3DO Interactive Multiplayer
O 3DO Interactive Multiplayer não caiu no gosto dos consumidores (Imagem: Reprodução/3DO)

1. PlayStation 5 Pro

Ainda que o PlayStation 5 Pro pelo preço de US$ 699 em 2024 não seja um absurdo tão grande quanto o 3DO Interactive Multiplayer, o mais recente console da Sony consegue a coroa desta lista como o videogame mais caro da história. Ele funciona como uma terceira versão do PS5, porém voltada para o mercado premium.

Entre as melhorias apresentadas, a companhia trouxe tecnologias como o upscaling e suporte a melhores resoluções e taxa de quadros dentro dos jogos. Porém, isso é “tudo” que ele tem a oferecer, já que sua velocidade e processamento não foram alterados. Alguns títulos realmente encantam no videogame, mas é preciso que os usuários tenham monitor e sistema de som compatíveis para aproveitarem tudo que ele tem a oferecer.

Imagem do PS5 Pro
O PS5 Pro é mais pesado para o bolso do que nas suas mãos (Imagem: Divulgação/Sony)

Videogames caros, para o bem ou para o mal

Entre os dez videogames mais caros da história, nota-se que alguns acabam sendo compatíveis para a sua época, enquanto outros realmente miraram em dar tiros à queima-roupa na sua carteira. É uma prática um tanto polêmica e que não rendeu muitos fãs, o que impede muitos de tentarem algo similar.

Entre os consoles que mais pesaram no seu bolso, temos:

  1. PlayStation 5 Pro – US$ 699
  2. 3DO Interactive Multiplayer – US$ 699
  3. Neo Geo – US$ 649
  4. Xbox Series X – US$ 499
  5. PlayStation 5 – US$ 499
  6. Xbox One – US$ 499
  7. PlayStation 3 – US$ 499
  8. Nintendo Switch 2 – US$ 449
  9. Xbox 360 – US$ 399
  10. SEGA Saturn – US$ 399

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