Titã | James Webb captura imagens sombrias de nuvens na maior lua de Saturno

O telescópio James Webb, o maior observatório espacial já criado, encontrou as primeiras evidências da formação de nuvens no hemisfério norte de Titã, a maior lua de Saturno. O telescópio identificou pistas de convecção, o processo que faz com que o ar aquecido suba, enquanto a umidade desce e forma nuvens.

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Titã é uma lua que, além de lagos e mares de metano líquido, tem padrões meteorológicos dinâmicos como os da Terra. “Titã é o único outro lugar no Sistema Solar que tem clima como a Terra, no sentido de que tem nuvens e chuvas na superfície”, descreveu Conor Nixon, autor principal do novo estudo. 

Comparação entre as observações de Titã do telescópio James Webb e do observatório W. M. Keck (NASA, ESA, CSA, STScI, Keck Observatory)

Pois bem, os cientistas já haviam identificado nuvens no hemisfério sul da lua, mas não no norte, que é onde está a maior parte dos seus mares e oceanos. Já as novas observações foram conduzidas durante o verão, revelando a formação delas no hemisfério norte de Titã


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Segundo os autores, os novos dados podem ajudar a resolver alguns grandes mistérios deste mundo distante, como sua química. O Webb revelou um radical de metil (uma molécula orgânica) com um elétron livre, ou seja, sem ligações. Como Titã é repleta de metano, o composto está presente na maioria das reações químicas lá. 

“Pela primeira vez, vemos o ‘bolo químico’ enquanto cresce no forno, ao invés de só os ingredientes iniciais, a farinha e o açúcar, e depois o bolo pronto e decorado”, descreveu Stefanie Milam, do Centro Goddard de Voos Espaciais.

Claro que a história não acabou. Os cientistas querem saber mais sobre Titã e, para ajudá-los, a NASA vem trabalhando na missão Dragonfly, que promete enviar uma espaçonave com rotores para lá. Se tudo correr bem, a missão deve ser lançada em 2028 e chegaria à lua em 2034, dedicando três anos aos estudos das reações químicas lá.

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